ESPECIAL FI: Tragédia anunciada, Guarani termina 2024 rebaixado e na lanterna da Série B 

A soberba do Conselho de Administração no início da temporada fez o Guarani pagar caro no ano de 2024

O torcedor bugrino sofreu com um quase rebaixamento no Paulistão e uma queda sombria para a Série C, como pior time da Série B, depois de oito anos. 

Guarani teve temporada pífia em 2024
Guarani teve temporada pífia em 2024 (Foto: Raphael Silvestre/Guarani FC)

Campinas, SP, 25 (AFI) – A soberba do Conselho de Administração no início da temporada fez o Guarani pagar caro no ano de 2024. Com um discurso de “45 pontos” e “campanha de permanência” não estariam no vocabulário dos cartolas fez o torcedor bugrino sofrer, com um quase rebaixamento no Paulistão e uma queda sombria para a Série C, como pior time da Série B, depois de oito anos. 

A tragédia anunciada desde o paulista, com a permanência garantida na última rodada contra os reservas do Red Bull Bragantino não fez a diretoria se mexer e recalcular a rota. O que se viu, foi um 2024 desastroso, terminando como o pior time da Série B, na lanterna. Para ilustrar melhor, em 50 jogos disputados, foram apenas 10 vitórias, 13 empates e incríveis 27 derrotas. Manchando a história do único clube campeão brasileiro do interior.

A temporada pífia não ficou só nas palavras vazias dos dirigentes. O que se viu também foi uma desorganização dentro e fora das quatro linhas. Ao todo, foram cinco treinadores que passaram no comando somente em 2024: Louzer, Claudinei Oliveira, Júnior Rocha, Pintado e Allan Aal, fora Marcelo Cordeiro, que atuou como interino nas trocas de comando.

No comando do futebol, Toninho Cecílio foi trocado pelo “bombeiro” e velho conhecido Rodrigo Pastana, que pouco agregou e apenas “concluiu” o já esperado rebaixamento para o terceiro nível do futebol brasileiro. 

O Brinco de Ouro também pouco pulsou. Desanimado com a equipe, a torcida bugrina pouco compareceu, a única alegria – podemos assim dizer – do torcedor foi a vitória no Dérbi 208, na casa do rival, depois de 15 anos.

Fora isso, os bugrinos não tiveram um ano de graça, assim como em 2023, que chegaram a sonhar com o acesso para a elite nacional, mas a derrocada na reta final já demonstrava que quem estava na administração não teria condição de manter o ritmo em 2024.

Os culpados? Segundo a maioria da torcida são os dois principais dirigentes do clube: o presidente André Marconatto e o ex-CEO Ricardo Moisés, ainda ocupando um cargo administrativo no clube. Aliás, a dupla se defendia dentro clube, “passando pano” para as más decisões que ambos tomavam, até mesmo porque os dois têm ligação familiar. Marconatto é casado com a irmã de Moisés, portanto, eles são cunhados.

Para piorar, quando a vaca já tinha ido para o brejo, André Marconato pediu afastamento da presidência do clube, acompanhado da exclusão do ex-CEO Ricardo Moisés nos corredores do Brinco de Ouro e do futebol. Sobrou para Rômulo Amaro, vice-presidente de negócios, que faz parte do mesmo grupo político, assumir a presidência e completar o ano vexaminoso do Bugre. 

Resta ao torcedor do Guarani, tão maltratado no ano de 2024, torcer por ventos melhores, reorganização e profissionalismo na administração, para assim, o time centenário voltar ao seu lugar de direito.