ESPECIAL: Do calor do Aflitos ao ermo da Arena Pernambuco: A decaída do Náutico!
Em 2017, além de jogar longe do calor da sua torcida, sofreu com falta de planejamento e crise financeira
Em 2017, além de jogar longe do calor da sua torcida, sofreu com falta de planejamento e crise financeira
Recife, PE, 12 (AFI) – O Náutico teve o rebaixamento à Série C do Campeonato Brasileiro confirmado no último sábado, quando foi derrotado em plena Arena Pernambuco pelo Londrina por 2 a 1. A derrota deu apenas um ponto final da melancólica trajetória do time na competição. O Timbu sofreu com falta de planejamento, crise financeira e se viu longe de seus torcedores.
Curiosamente, o Náutico começou a despencar bem no ano que começou a abrir mão do Estádio do Aflitos – 2013 -, que já foi palco de ‘guerra’ em uma final de Série B nunca antes vista no futebol brasileiro. Na ocasião – 2005 -, no entanto, viu o título ficar com o Grêmio, após vitória por 1 a 0. Mas o Timbu se sentiu totalmente abraçado por seus torcedores, que não pararam de cantar um minuto sequer.
Esse apoio no Aflitos foi incondicional até a ida para a Arena Pernambuco e era uma das armas do Náutico durante a sua história. Em 1768 jogos dentro do Estádio Eládio de Barros Carvalho, o clube pernambucano detém de um aproveitamento de 70,7% de aproveitamento, com 1.138 vitórias, 336 empates e apenas 294 derrotas.
O Náutico ainda conquistou sete estaduais dentro dos Aflitos, nos anos de 1950, 1951, 1960, 1963, 1966, 1968 e 1974. Mas isso não foi o bastante para impedir que o time abandonasse sua casa e fosse atuar em São Lourenço da Mata.
Neste ano, em meio a jogos na Arena Pernambuco e em Caruaru, o Náutico teve uma média de público de 2.922 torcedores. Com o estádio ‘vazio’, o Timbu colecionou fracassos, que culminaram com o rebaixamento.
Na Arena Pernambuco, o Náutico fez 126 jogos, com 61 vitórias, 37 derrotas e 28 empates, com um aproveitamento muito menor em relação ao Aflitos.
VOLTANDO AO ANO DE 2013
Na elite do futebol brasileiro, o Náutico foi rebaixado em 2013 e passou quatro anos jogando a Série B. Em 2015 e 2016, viu o acesso bater na trave, mas não teve força para superar os seus rivais. Já na atual temporada, só tem conseguido ficar na frente do ABC, outro que faz um ano frustrante.
Em 35 jogos até o momento, o Náutico fez apenas 30 pontos, com oito vitórias, sete empates, e impressionantes 20 derrotas.
A REALIDADE
De volta ao ano de 2017, o Náutico sofreu com a crise financeira, precisou abrir mão de seus principais destaques para aliviar a folha salarial e viu seus jogadores anunciarem greve por conta de salários atrasados. Nos trancos e barrancos, conseguiu montar um time para jogar a Série B, mas o reusltado não poderia ser outro.
Nem o artilheiro William Batoré, ex-jogador de Ponte Preta e Santos, conseguiu salvar um time, que sofreu com erros de planejamento e por jogar longe de seus torcedores, em São Lourenço da Mata, a 50 minutos, aproximadamente, de Recife.