ESPECIAL: Cruzeiro sobra e fatura a maior Série B de todos os tempos

Além da Raposa, Grêmio, Vasco e Bahia também conquistaram o acesso

Cruzeiro fatura maior Série B de todos os tempos

Campinas, SP, 20 (AFI) – A Série B do Campeonato Brasileiro de 2022 foi uma das maiores, se não a maior, de todos os tempos. Gigantes do futebol brasileiro, como Cruzeiro, Grêmio e Vasco deixaram a disputa ainda mais acirrada, além de clubes muito tradicionais, como Bahia, Sport, Ponte Preta, Guarani, entre tantos outros, e ainda algumas surpresas, tanto positivas quanto negativas. Agora, é hora de relembrar como foi a disputa deste ano.

FAVORITOS SOBEM, MAS FOI DIFÍCIL PARA ALGUNS

Desde o início, Cruzeiro, Vasco, Grêmio e Bahia eram os favoritos ao acesso e foi justamente isso que aconteceu. Mas não quer dizer que foi fácil, ao menos para alguns. Os times, porém, sempre se mantiveram bem na disputa do G-4. Ao fim do primeiro turno, por exemplo, os quatro estavam na zona de acesso.

O Cruzeiro, depois que encaixou o time, sobrou em campo e confirmou o acesso na 31ª rodada, o mais rápido da história. Na rodada seguinte, sagrou-se campeão, também o mais rápido da história. Na lista de recordes, só faltou bater a pontuação máxima. A Raposa fez 78 pontos contra 85 do Corinthians, campeão em 2008.

O Grêmio também teve vida mais tranquila e confirmou o acesso na 36ª rodada. Bahia e Vasco levaram a decisão para a última rodada. Os baianos, porém, tinham situação muito mais fácil do que os cariocas. O Cruzmaltino fez uma verdadeira final contra o Ituano, mas com gol de Nenê, fora de casa, venceu e retornou à elite.

DESEMPENHO DOS PAULISTAS

A competição contou com quatro times paulistas: Guarani, Ponte Preta, Ituano e Novorizontino, que viveram momentos bem distintos durante a temporada. Na primeira metade, o Novorizontino foi quem se destacou, chegando até sonhar com o acesso, mas caiu no segundo turno e brigou para não cair nas últimas rodadas. Mesmo assim, conseguiu o objetivo na reta final, principalmente em confrontos diretos.

Os outros três, por outro lado, fizeram um primeiro turno ruim, terminando na zona de rebaixamento ou próximos dela. Com boa recuperação, a dupla campineira se livrou do rebaixamento com antecedência e terminou no meio da tabela.

SURPRESA DO CAMPEONATO

A grande surpresa da Série B foi o Ituano, melhor paulista ao terminar em sexto lugar com 57 pontos. No fim do primeiro turno, porém, a situação era bem diferente, pois só tinha 20 pontos, com a 16ª campanha entre os 20 times.

Mas a recuperação foi perfeita e, com 37 pontos, chegou a 57, sendo campeão do returno, à frente até mesmo do Cruzeiro, que fez 36. O acesso não veio, mas a campanha mostra que o clube está no caminho certo.

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Foto: Miguel Schincariol / Ituano

DÉRBIS CAMPINEIROS

‘Campeonato à parte’, a Ponte Preta se saiu melhor nos dois duelos com o Guarani. O primeiro foi disputado na sexta rodada, quando os dois ainda estavam na parte de baixo da tabela. Equilibrado, terminou sem gols no Brinco de Ouro da Princesa. 

No returno, na 25ª rodada, a Ponte Preta já tinha iniciado uma recuperação e venceu por 1 a 0, no Moisés Lucarelli, deixando o rival na zona de rebaixamento. Depois da derrota, porém, o Bugre também reagiu, conseguindo seis vitórias nos oito jogos seguintes.

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Fessin comemora o gol do Dérbi. Foto: Álvaro Jr / Ponte Preta

‘SURPRESAS’ NOS REBAIXAMENTOS

Se os acessos não tiveram nenhuma zebra, os rebaixamentos sim. CSA e Náutico foram as surpresas negativas. O CSA foi o quinto colocado nas duas edições anteriores, mas não conseguiu repetir o feito em 2022. J

Já o Náutico, que brigou contra a queda em 2020, se recuperou em 2021 e terminou em oitavo, mas também não encaixou o time. Brusque e Operário fizeram campanhas medianas na temporada passada e, com o nível de dificuldade aumentado, sucumbiram e não podem ser considerados surpresas.

QUE VENHA 2023!

A próxima edição não contará com nenhum dos chamados grandes após quatro anos. A última vez foi em 2019. Isso não quer dizer, porém, que a Série B será fácil. Afinal, contará com Ceará, Avaí, Atlético-GO e Juventude, que caíram da elite. 

Outro ponto a se observar é o número de paulistas. Além dos quatro remanescentes, Guarani, Ponte Preta, Ituano e Novorizontino, em 2023 ainda terá Mirassol e Botafogo, que subiram da Série C, junto com ABC-RN e Vitória-BA.