Campinas, SP, 24 (AFI) – A temporada 2021 se encerrou e ficou marcada com acessos e quedas de times relevantes no cenário nacional. Pensando nisso, como de costume, o PORTAL FUTEBOL INTERIOR faz uma retrospectiva destes destaques, com panorama do que aconteceu nas quatro divisões do Campeonato Brasileiro.

Sem dúvida, o destaque negativo do ano foi o Grêmio, que fez péssima campanha no Brasileirão e amargou o terceiro rebaixamento para a Série B (1991, 2004 e 2021). Uma campanha bastante fraca, aliada às polêmicas da diretoria com um elenco experiente, mas pouco engajado a buscar a permanência do time na elite nacional.

Os gaúchos terminaram em 17º lugar, com 43 pontos – três a menos que o Juventude, primeiro time fora da zona de rebaixamento. Foram 12 vitórias, sete empates e 19 derrotas, num retrospecto de apenas 37,7%. Quatro treinadores passaram pelo Grêmio em 2021, sendo o último Vágner Mancini, que inclusive renovou seu contrato para o ano que vem.

Ainda no Brasileirão, quem também não teve motivos para comemorar foi a Chapecoense, lanterna e rebaixada para a Série B. Os catarinenses fizeram a pior campanha da história na era dos pontos corridos, superando a campanha do América-RN no Brasileiro de 2007, quando alcançaram apenas 17 pontos.

Por fim, o futebol nordestino perdeu dois representantes na elite do ano que vem, já que Bahia (18º) e Sport (19º) também amargaram o descenso para a Segunda Divisão. Da dupla, os baianos foram os que mais sentiram, pois vinham de duas boas temporadas e com administração elogiável. O Sport, com muitas confusões extra-campo, dificilmente conseguiria a permanência, pois o futebol não aceita amadorismo!

ACESSOS E QUEDAS NA SÉRIE B

Na maior Série B de todos os tempos, o Botafogo fez bonito e garantiu acesso e título, conseguindo garantir o retorno para a Primeira Divisão. O Glorioso não começou o campeonato de forma tranquila, mas entrou nos eixos após a chegada do técnico Enderson Moreira. Uma campanha com 20 vitórias, dez empates e apenas oito derrotas.

O vice-campeão foi o Goiás, time organizado financeiramente. Mas poderia ter sido o Coritiba (3º) ou Avaí (4º), que também garantiram o acesso e que tiveram um pouco mais de trabalho que o Botafogo para subir de Divisão. Todos terão trabalho para se garantir na elite em 2022, ligando o sinal de alerta desde já.

A briga pelo acesso na Série B terminou apenas na última rodada, com CSA, Guarani e CRB jogando suas vidas pela classificação, confirmando a grande expectativa por um campeonato equilibrado.

Na parte de baixo da tabela, Brasil de Pelotas e Confiança estiveram sempre num nível abaixo dos concorrentes e logo deram indícios de que não conseguiriam se manter na Série B. Tanto é que caíram com antecedência. Os outros dois times que caíram vacilaram na reta final e amargaram o descenso: Remo e Vitória.

Campeão da Copa Verde, o Remo buscou Eduardo Baptista por empréstimo, mas o treinador não conseguiu fazer milagre e acabou rebaixado com os paraenses. Uma campanha que começou a dar errado a partir da contratação do limitado Felipe Conceição, o Tigrão. O elenco também não foi qualificado, ficando ainda mais difícil se livrar da degola.

Já o Vitória foi rebaixado graças à administração desastrosa e irresponsável de Paulo Carneiro, presidente afastado por irregularidades e que causou um rombo financeiro no clube. Em 2020 o Leão bateu na trave e escapou da degola, mas em 2021 não teve jeito, com resultados pífios dentro de campo, apesar de todo esforço do bom treinador Wagner Lopes.

GALO DE ITU CANTA ALTO NA SÉRIE C

Na Série C, o Ituano foi o campeão absoluto sob o comando do técnico Mazola Júnior, que chegou durante a competição, livrou os paulistas da zona de rebaixamento e conquistou o tão sonhado acesso à Série B de 2022, fato que não acontecia há 14 anos.

Além do Galo de Itu, quem também ficou com o acesso foi o finalista Tombense, time de empresários e que fez da sua casa um fator importante pela conquista inédita em sua história.

Também não dá para esquecer do Novorizontino, time paulista que tem gestão exemplar e que surpreendeu a todos com uma campanha regular e que culminou com o acesso. Um elenco bastante qualificado e comandado por Léo Condé, que acabou sendo eleito pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) como o melhor técnico do campeonato.

Por fim, porém, não menos importante, está o Criciúma, time tradicional no futebol brasileiro e que também estará na Série B do ano que vem. Muito em razão do bom trabalho realizado pelo técnico Claudio Tencati na fase final do campeonato.

Quanto aos rebaixamentos, mais uma vez o Santa Cruz entristeceu seus torcedores e amargou o rebaixamento, sendo obrigado mais uma vez a disputar a temida Série D, Quarta Divisão nacional. E os números dizem por si só: foram apenas duas vitórias, seis empates e dez derrotas na primeira fase. Ainda no Grupo A, a Jacuipense também caiu.

Os outros dois times rebaixados, só que no Grupo B, foram Paraná e Oeste. Os paranaenses estão quebrados financeiramente e o resultado dentro de campo não poderia ser diferente. Já os paulistas não entenderam a importância de reforçar o elenco após a Série A2 Paulista e caíram com força, com apenas uma vitória.

SUBIRAM NA SÉRIE D…

Quem estará na Série C de 2022 é Atlético-CE, Campinense, Aparecidense e ABC. Campinense e ABC são times tradicionais e que almejavam a classificação há alguns anos, enquanto os outros dois apostaram num trabalho a longo prazo para colher os frutos com o tão sonhado acesso.

E a final coroou a excelente campanha da Aparecidense, um clube empresa que tem aparecido no cenário nacional com leve destaque. O título inédito dos goianos foi destaque na cerimônia de encerramento do ano na Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

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