Erros em todos os gols no empate de Ponte Preta e Santo André
Equipes ficaram no empate por 3 a 3 no ABC
Erros em todos os gols no empate de Ponte Preta e Santo André
No jogo dos erros, Santo André e Ponte Preta empataram por 3 a 3 na tarde desta terça-feira no Estádio Bruno José Daniel, no ABC.
O Santo André errou mais e propiciou à Ponte Preta sair com a vitória. Todavia, chances claras de gols foram desperdiçadas.
Quando o goleiro falha é crucificado. Atacante, embora perca gols incríveis, paradoxalmente ainda é ovacionado ao aproveitar uma das oportunidades.
Se o atacante Lucca, da Ponte Preta, foi aplaudido após concluir com sucesso o primeiro gol pontepretano aos 10 minutos do primeiro tempo, ao receber passe açucarado do volante Élton, é obrigatório ressaltar que por duas vezes ficou na cara do gol, durante o segundo tempo, e incrivelmente desperdiçou aos cinco e sete minutos.
Primeiro em pixotada do zagueiro Diogo Borges, que perdeu a boa bisonhamente, e na sobra Lucca acertou uma ‘bomba’ pra fora. Depois, quando Potkker trombou com adversários, ganhou a jogada, e a bola serviu para o Lucca só complementar, mas ele voltou a errar.
OS GOLS
Todos os gols da partida foram decorrentes de falhas defensivas.
No primeiro gol do Santo André, quando Dudu Vieira cruzou da direita, não era para o lateral-direito Nino Paraíba disputar e perder a bola pelo alto para Henan, aos sete minutos, e permitir o cabeceio certeiro aos sete minutos. Cadê os zagueiros?
No gol de empate da Ponte, Élton, dentro da área, girou como quis sobre um adversário, e teve tempo de observar a entrada de Lucca de frente para o lance, servi-lo, e aguardar o complemento da jogada aos dez minutos.
Já no segundo tempo, o treinador Sérgio Soares, do Santo André, sacou o improdutivo meia Fernando Neto para a entrada de Garré, que dinamizou a transição ao ataque.
Com isso o meia Serginho passou a ocupar o lado esquerdo, prendeu o lateral Nino Paraíba na marcação, e em uma das jogadas por ali saiu o cruzamento rasante, de fundo de campo, que o lateral-esquerdo Jefferson, na tentativa de interceptação, marcou contra o seu ‘patrimônio’ aos 14 minutos.
Observação: se Jefferson não chegasse na bola, fatalmente haveria conclusão de Henan, que estava logo atrás.
DIOGO BORGES
O segundo empate da Ponte, aos 21 minutos do segundo tempo, foi fruto de erro crucial do zagueiro Diogo Borges, que se atrapalhou e recuou a bola de cabeça contra o seu próprio gol, não observando que o goleiro Zé Carlos havia saída atabalhoadamente da meta: gol contra.
Dois minutos depois, Clayson soube explorar a fragilidade do lateral-direito Dudu Vieira para fintá-lo dentro da área, finalizar, e, no rebote do goleiro Zé Carlos, Potkker ficou livre na área e só empurrou a bola pra rede: 3 a 2 Ponte Preta.
Restava ao Santo André empurrar a Ponte para o seu campo defensivo. E isso ocorreu após a providencial entrada do atacante Deivid no lugar de Tiago Ulisses, pela esquerda, aos 33 minutos.
Em jogada por ali aos 45 minutos, a bola foi cruzada no segundo pau, Jefferson descuidou-se da marcação, e Cicinho – que havia entrado no lugar do irregular Dudu Vieira – empatou.
CLAYSON
Ainda sobre erro crucial, Clayson perdeu gol feitíssimo, em jogo que contou com erros primários do treinador interino João Brigatti.
Podem até argumentar que ele foi ousado ao trocar um volante por centroavante, na saída de Matheus Jesus para a entrada de Yuri.
Se tivesse que sacar um dos três volantes, o recomendável seria Fernando Bob, com deficiência na marcação.
Aí faltou experiência para Brigatti pressentir que se o adversário optasse por mudança no banco para forçar jogada pelo lado direito da defesa pontepretana, não seria Bob o coadjuvante indicado para Nino Paraíba. Matheus Jesus teria mais vitalidade para a função.
Colocar Yuri sem que o time estivesse condicionado a trabalhar com atacante fixo de área, não acrescentaria, como de fato não acrescentou. É mudar pra dizer que está mudando.
Afora uma cabeçada fraca de Yuri para defesa simples do goleiro Zé Carlos, o atacante pontepretano nada acrescentou.
No mais, a Ponte foi um time competitivo, porém desta vez com falhas defensivas que precisam ser igualmente corrigidas.
Ao Santo André resta o consolo de que há equipes mais fracas de que ele, e que pode escapar do rebaixamento.