Erros de técnicos e defensores marcam Botafogo 3 x 2 Guarani
Quando a treinadorzada de fora 'invade' o território brasileiro e ocupa espaço daqueles nascidos aqui, a chiadeira é geral.
Alguém pode explicar os motivos da insistência do treinador bugrino Mozart Santos para escalar o atacante de beirada Bruno Michel?
Campinas, SP, 28 (AFI) – Quando a treinadorzada de fora ‘invade’ o território brasileiro e ocupa espaço daqueles nascidos aqui, a chiadeira é geral.
Cá pra nós: aqueles daqui dão motivos para que isso aconteça, como nesta vitória do Botafogo sobre o Guarani por 3 a 2, na noite deste sábado, em Ribeirão Preto.
Alguém pode explicar os motivos da insistência do treinador bugrino Mozart Santos para escalar o atacante de beirada Bruno Michel?
Escala, o atleta ‘apanha’ da bola e depois acaba substituído.
Por sinal, em algum momento, nas oportunidades recebidas por esse jogador, houve convencimento?
Claro que as contestações vão bem além disso.
BRUNINHO
Seria desobediência tática o outro atacante de beirada do Guarani, Bruninho, não fazer recomposição como o exigido?
De convincente, no time bugrino, ressalte a proposta de transição em velocidade para explorar a defensiva adversária desarrumada, mas, com tantos desfalques neste sábado, faltou qualidade técnica para aceitável organização e complementação de jogadas.
JENISON
Na prática, durante o primeiro tempo, o Guarani ficou numa chance real de gol desperdiçada pelo centroavante Jenison, numa furada do zagueiro Marcel, aos dez minutos.
Foi a etapa em que o Botafogo se valeu basicamente da voluntariedade de seus atletas e a individualidade de seu atacante de beirada Robinho, ativo nos dois para construção inicial do placar.
No primeiro, fez a diagonal sem que fosse devidamente incomodado, e acertou belo chute de canhota no ângulo direito do goleiro Kozlinski, aos 29 minutos.
Sete minutos depois, o mesmo Robinho, pela direita, fez a jogada e serviu o centroavante Salatiel, que penetrou sem que fosse marcado pelo zagueiro Luciano Castán, o bastante para que em leve toque colocasse a bola para as redes.
POR QUE MUDOU?
Ora, se Robinho era um embaraço para o lateral-esquerdo Jamerson na marcação, como explicar o treinador Paulo Baier, do Botafogo, deslocá-lo da direita para esquerda logo no início do segundo tempo?
Foi o bastante para Jamerson ‘respirar’ e se encorajar ao ataque, mesmo sem sincronizações de jogadas com companheiros.
Pelo menos ele fazia a bola ficar mais tempo no ataque bugrino, até que em cruzamento, aos 30 minutos, a instável defesa botafoguense bateu cabeça e disse se aproveitou o meia-atacante Neílton, para diminuir a vantagem do time da casa.
Sim, Neilton que havia entrado no lugar de Bruno Michel pouco antes, com mais qualificação.
ADMINISTRAR VANTAGEM
O Botafogo sofreu gol quando a sua proposta, logo após o intervalo, foi administrar a vantagem de 2 a 0.
Com o passar do tempo, com Robinho desgastado fisicamente e o centroavante Caio Dantas ter entrado mal no lugar de Salatiel, o Botafogo havia desaparecido por completo ofensivamente.
EDSON CARIOCA
Demorou para o treinador Paulo Baier buscar alternativa convincente para modificar o cenário dos botafoguenses.
Foi quando teve percepção que um atacante de beirada como Edson Carioca poderia plenamente explorar o buraco defensivo do lado esquerdo bugrino.
Aí as coisas começaram a clarear para o seu time, visto que Jamerson já não guarnecia o setor e faltava cobertura dos volantes bugrinos.
Assim, aos 51 minutos, em jogada pessoal, Edson Carioca enxergou a chegada do meio-campista Marcos Júnior, que finalizou de primeira, no canto esquerdo de Kozlinski, numa aparência que ali estaria decretado o resultado final da partida por 3 a 1 para o Botafogo.
Ledo engano. Dois minutos depois, a vacilante defesa dos mandantes permitiu que o volante Richard Rios fizesse jogada pela direita e servisse seu parceiro Wenderson, já na pequena área, para marcar o segundo gol bugrino.