Erro de estratégia implica apenas em empate do Guarani

O erro de avaliação do comando técnico bugrino foi posicionar o time atrás da linha da bola, para sustentar a vantagem e, quiçá, explorar buracos defensivos do adversário

O fato de o Guarani dispor de condição técnica superior em relação ao Sampaio, natural que se impusesse no ataque para abrir vantagem

Guarani sofre o empate no Castelão
Guarani sofre o empate no Castelão (Foto: Ronald Felipe - Sampaio Corrêa)

BLOG DO ARI

Campinas, SP, 26 (AFI) – A exemplo do Londrina, que veio a Campinas e dominou a maior parte da partida em que perdeu para a Ponte Preta por 1 a 0, na sexta-feira, o Guarani foi igualmente dominado pelo Sampaio Corrêa, em boa parte do confronto travado na tarde/noite deste sábado em São Luís (MA), que terminou empatado por 1 a 1.

Coincidência entre os clubes campineiros é que saíram à frente do placar logo no início de suas respectivas partidas pelo Campeonato Brasileiro da Série B, e depois recuaram para sustentar a vantagem.

Convenhamos que o fato de o Guarani dispor de condição técnica superior em relação ao Sampaio, natural que se impusesse no ataque, para ampliação da vantagem, e assim consolidar a vitória que o manteria bem próximo do G-4.

CONTRA-ATAQUES

O erro de avaliação do comando técnico bugrino foi posicionar o time atrás da linha da bola, para sustentar a vantagem e, quiçá, explorar buracos defensivos do adversário em tentativas de jogadas de contra-ataques.

Todavia, quando se ‘dá a bola ao adversário’, mesmo considerando as limitações técnicas dele, a lógica indica que gradativamente ele vai rondar a área de quem propôs a estratégia, e, em algum momento, o planificado de sustentação da vantagem pode cair por terra.

PIMENTINHA

Erro de avaliação quando o time adversário conta com o imprevisível atacante de beirada Pimentinha, que numa jogada pessoal pode levar o seu time ao gol, como ocorreu aos 32 minutos do segundo tempo, ao empatar a partida.

Observem que o ‘pendurado’ e obediente lateral-esquerdo bugrino Mayk tomou todo cuidado determinado pelo comando, para não cometer a falta que resultasse em cartão, e assim ficou observando o drible desconcertante de Pimentinha, que resultou naquele golaço.

Como o próximo desafio do Guarani será o dérbi, até foi adotado o cuidado de se duplicar a marcação sobre Pimentinha, nos recuos de Bruno José ou João Victor, que se revezaram naquele corredor.

Os fatos mostraram a validade do treinador Umberto Louzer de correr risco ao escalar Mayk e posteriormente preservá-lo a partir do 38º minuto, até porque o substituto Caíque Silva passou a levar desvantagem na marcação, e ainda recebeu cartão amarelo por falta ‘dura’ sobre Pimentinha.

MATHEUS BARBOSA

O Guarani marcou o seu gol aos oito minutos do primeiro tempo, através do volante Matheus Barbosa que, posicionado no primeiro pau, ganhou de cabeça a disputa contra marcadores, após cobrança de escanteio de Mayk, com testada no canto direito.

Depois disso, a estratégia do Guarani foi se defender.

Assim, na prática, durante o primeiro tempo, só rondou a meta adversária mais duas vezes.

Numa cobrança de escanteio do lateral-esquerdo Mayk, da mesma forma que saiu o primeiro gol, a vez foi do centroavante Bruno Mendes ganhar a disputa, mas, na testada a bola encobriu o travessão.

Depois, em contra-ataque pela direita através de João Victor, a bola cruzada percorreu toda extensão da área do goleiro Thiago Braga, ocasião em que o meia-atacante Bruninho concluiu, mas o Sampaio foi salvo pela trave direita, aos 37 minutos.

PEGORARI

Sem que ameaçasse a meta do time maranhense durante o segundo tempo, por duas vezes, ao longo da partida, o Guarani voltou a depender da boa fase do goleiro Pegorari, para evitar gols.

Em ambas circunstâncias, foram finalizações do meia Neto Paraíba.

A primeira aos 46 minutos do primeiro tempo, e depois aos 55 minutos do segundo tempo.

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