Era jogo para o Guarani trazer ponto (s) de Goiânia, mas...
Enquanto por aí venderam ilusão de que em campo esteve um Guarani com criatividade ofensiva para chegar aos gols, fui voz dissonante ao citar que o time não havia se transformado em mar de rosa
Portanto, o desafio de fazer esse time bugrino melhorar está lançado, para escapar da zona da degola. Esquema usado foi covarde
Campinas, SP, 7 (AFI) – Quem me acompanha diariamente neste espaço percebe claramente que não acompanho o sopro do vento para massagear o ego de torcedor até quando ocorre uma vitória por goleada, como foi a do Guarani diante do Sampaio Corrêa, sábado passado.
Enquanto por aí venderam ilusão de que em campo esteve um Guarani com criatividade ofensiva para chegar aos gols, fui voz dissonante ao citar que o time não havia se transformado em mar de rosa. E falei que o resultado foi decorrente de ter se aproximado, na ocasião, de 100% de aproveitamento das oportunidades criadas, coisa rara em jogo de futebol.
Aí surge um adversário desconectado de plano tático aceitável, com vários jogadores questionáveis e plenamente imbatível, como foi o caso do Vila Nova, e o Guarani saiu derrotado por 2 a 1, na noite desta terça-feira, em Goiânia.
MOZART SANTOS
Por que o Guarani perdeu?
Primeiro a covardia de seu treinador Mozart Santos ao levar para campo um plano de jogo extremamente cauteloso, como se o Vila Nova requeresse cuidados exagerados.
E como o Guarani ficou atrás durante todo primeiro tempo, procurando a valorização da posse de bola ao retomá-la, não sofreu risco, até porque o adversário a tocava com lentidão, dando amplas possibilidades de recomposição.
YURI TANQUE
Por ironia do destino, num primeiro tempo apagado de ambos os lados, o Guarani saiu no lucro quando o centroavante Yuri Tanque foi lançado na meia direita, nas costas do lateral-esquerdo Willian Formiga, e acertou chute cruzado com a bola morrendo no canto direito do goleiro Tony: Guarani 1 a 0.
VILA ACELEROU
Apesar das limitações técnicas, o Vila Nova passou a acelerar o jogo e aos trancos e barrancos foi se aproximando com mais precisão da área bugrina, no início do segundo tempo.
Foi assim que aos nove minutos o atacante Betinho fez jogada pessoal ao aplicar drible seco no volante bugrino Leandro Vilela e completou a jogada com certeira finalização rasteira, no canto esquerdo de Kozlinski: 1 a 1.
Depois disso, como de praxe, uma série de substituições de ambos os lados e o jogo ficou desconfigurado, com erros de passes e jogadas truncadas de ambos os lados.
KOZLINSKI FALHOU
Como as equipes passaram a abusar do levantamento de bola contra as áreas adversárias, eis que o Vila Nova se aproveitou de erro grotesco do goleiro bugrino Kozlinski.
Ele saiu mal na bola, após cobrança de escanteio, e deu apenas um leve toque, possibilitando que o zagueiro Rafael Donato, no segundo pau, a repusesse para o interior da área, servindo o também zagueiro Matheus Mancini, que ganhou a disputa do atacante Jenison, e assim marcou o gol da vitória do time goiano.
E não é que no desespero, aos 46 minutos, quase que o Guarani empatou em conclusão do zagueiro Derlan, que exigiu defesa com nível de dificuldade do goleiro Tony.
POSSE DE BOLA
Portanto, se cabe reconhecimento que há um agrupamento de jogadores que fortalecem o sistema defensivo bugrino, se já há valorização de posse de bola nas últimas rodadas, falta qualidade para se objetivar penetrações.
Os avanços e certeiros cruzamentos do lateral-esquerdo Jamerson visando a cabeçada de Yuri Tanque estão ficando manjados e foram neutralizados nesta terça-feira.
Do lado direito nem se espera avanços de Alvariño, até porque ele não é da posição.
Questionável, também, a insistência com o meia Isaque, cujo rendimento é simplificado em alguns lampejos, apenas.
Portanto, o desafio de fazer esse time bugrino melhorar está lançado, para escapar da zona da degola.
