Entenda a lesão que deve afastar Alisson dos gramados até a próxima temporada
Volante do São Paulo fraturou o tornozelo em jogo contra o Grêmio
São Paulo, SP, 24, (AFI) – Durante o início do segundo tempo de São Paulo x Grêmio, o volante do Tricolor Paulista, Alisson, fraturou o tornozelo ao tentar recuperar uma bola no campo de defesa. O jogador foi atendido em campo e em seguida levado ao hospital para fazer os exames, onde foi constatada a lesão.
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“A fratura do tornozelo é um tipo de lesão óssea, que envolve um ou mais ossos que compõem a articulação do tornozelo (tíbia, fíbula e tálus) e está quase sempre acompanhada de lesões ligamentares, seja do complexo ligamentar lateral (tipo de lesão ligamentar mais frequente), complexo ligamentar medial, ou sindesmose tibiofibular distal (complexo ligamentar que fica entre a tíbia e a fíbula)”, explica Victor Alves, fisioterapeuta esportivo associado à SONAFE – Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e Atividade Física.
Segundo o especialista, o movimento que Alisson fez ao tentar tirar a bola da defesa, é mais propício para provocar contusões.
“Casos de fraturas geralmente envolvem mecanismos de alta energia. Nesta situação, poderíamos suspeitar de uma entorse medial do tornozelo, quando o tornozelo é forçado ‘de dentro para fora’, de forma excessiva. Este tipo de entorse tende a ser mais grave do que a lateral, por lesionar estruturas mais robustas e ter maior potencial de gerar instabilidades na articulação”.
Alisson passou por uma cirurgia já no dia seguinte ao jogo, como é recomendado na maioria desses casos, para poder estabilizar o segmento ósseo e reparar os ligamentos lesionados. Por se tratar de uma lesão traumática, a idade do jogador (31 anos) não influenciou em seu surgimento. No entanto, o fato dele já tê-la enfrentado em 2021, tornou uma repetição mais propícia.
Apesar do São Paulo não ter divulgado a previsão de retorno do jogador, é improvável que ele volte a jogar ainda nesta temporada. Na visão do fisioterapeuta, a evolução do tratamento de Alisson acontecerá de forma gradativa, com o volante passando por diferentes fases até retornar de fato aos treinamentos com o grupo, para só depois estar à disposição da comissão técnica.
“Após a cirurgia, ele deverá fazer uso de uma bota e muletas para restrição da descarga de peso. O tratamento fisioterapêutico vai progredir aos poucos, promovendo analgesia local, diminuição do quadro inflamatório e ganho de capacidade funcional. É esperado que sua volta respeite as fases do ‘return to play’, em que o atleta primeiramente volta a treinar com a equipe, depois retorna ao esporte competitivo. Só então que esse indivíduo poderá retomar o rendimento prévio”, conclui.