Endrick recebe 'dicas' contra a seca de gols no Palmeiras

Contra a Ferroviária, Endrick pediu ao árbitro um pênalti e teve ao menos duas oportunidades para marcar. Depois foi substituído.

Veiga entende que a seca é normal, ainda mais considerando a precocidade de Endrick, que queimou etapas em toda a sua carreira

Palmeiras - Allianz Arena
Endrick vislumbra sonho realizado (Foto: Divulgação)

São Paulo, SP, 26 – O jejum de gols de Endrick fez os jogadores do Palmeiras, sobretudo os mais velhos, aconselharem o jovem de 16 anos. Sem marcar ainda em 2023, o atacante tem recebido dicas dos companheiros, como revelou o veterano Marcos Rocha depois da vitória por 2 a 1 sobre a Ferroviária.

“É pedir para fazer o simples. Acho que nesses momentos difíceis de pressão ele tem que fazer o simples, tocar rápido, pensar um pouco mais rápido. Hoje os adversários já não dão muito mole como deram no ano passado para ele, todo mundo já chega mais firme“, orientou o lateral-direito.

“Ele é um jogador muito tranquilo e maduro por sua idade. Ele é um jogador muito bem preparado para chegar nessa fase da sua vida. Com 16 anos, já ter sido vendido, ser uma esperança da seleção brasileira”, completou.
AS CHANCES DE ENDRICK

Contra a Ferroviária, Endrick pediu um pênalti e teve ao menos duas oportunidades para marcar. Na primeira, parou no goleiro em finalização rasteira. Na segunda, mandou por cima arremate da grande área. A joia palmeirense passou em branco nos 11 jogos que disputou na temporada. São ou 687 minutos sem ir às redes.

Raphael Veiga, artilheiro e maior assistente do Palmeiras no ano, com cinco gols e cinco assistências, têm propriedade para aconselhar o garoto. Ele entende que a seca é normal, ainda mais considerando a precocidade de Endrick, que queimou etapas em toda a sua carreira na base por seu talento descomunal.

“É normal, o menino tem 16 anos. Temos que ter paciência. Eu sou um amigo dele, converso bastante com ele. Falo para ele que tem que ter a cobrança, mas uma cobrança saudável“, afirmou o meio-campista.

“Ele tem que concentrar em desfrutar da partida do que ter que fazer as coisas. O ter traz uma pressão. Ele tem que desfrutar, concentrar nos movimentos que tem que fazer para chegar no gol. Se saiu ou não, é consequência. Uma hora vai sair”, acredita. Segundo Veiga, a pressão é mais externa do que do próprio jogador.
“O Rony quando chegou foi a mesma coisa. Hoje vemos que é um dos caras que está sempre marcando”.

Único invicto do torneio, o Palmeiras tem 27 pontos e depende apenas de si para terminar com a melhor campanha da primeira fase. Basta derrotar o Guarani no próximo domingo em Campinas. Se não o fizer, terá de secar o São Bernardo, que será seu adversário nas quartas de final – resta definir quem será o mandante. O líder geral tem a vantagem de jogar em casa nas fases finais e o líder da chave decide as quartas como mandante.

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