Em nova casa, que Carpini leve suas convicções e absorva lições dos errros
Em nova casa, que Carpini leve suas convicções e absorva lições dos errros
Em nova casa, que Carpini leve suas convicções e absorva lições dos errros
Sabe-se lá quem criou o bordão ‘futebol é resultado’, mas com certeza ninguém repetiu tanto como o ex-treinador Jair Picerni.
A falta de resultados derrubou o treinador Thiago Carpini no Guarani, embora se projete que terá carreira de sucesso no futebol.
O grande mérito de Carpini foi ter sido apagador de incêndio do Guarani ano passado, quando o livrou do rebaixamento do Brasileiro da Série B.
À época, Carpini havia mostrado aprendizagem de como fazer o time errar menos, ao optar pela valorização de posse de bola, mesmo que isso custasse irritante lentidão e decorativos passes curtos e recuos de bola.
O Guarani passou a praticar ‘futebol de resultados’, com a simples conta de que um a zero como goleada.
CONFIANÇA
Aquela metodologia serviu para restaurar a confiança dos jogadores e gradativamente o time foi se soltando.
Foi quando os desavisados interpretaram que o Guarani havia montado um time de verdade, que sem gastança havia surpreendido a maioria.
Foi aí que Carpini trocou aquela humildade que tanto apregoou pela condenável prepotência.
Já se julgava absoluto nas decisões, explorando o despreparo de dirigentes no Guarani para se aprofundar em assuntos de futebol.
Aí, esse absolutismo implicou em seguidas decisões equivocadas.
RICARDINHO
Foi clara a perseguição ao volante Ricardinho, embora reconheça-se que o atleta não tem a capacidade que dele se fala. Contudo, relegá-lo para abertura de espaço para um Eduardo Person, por exemplo, foi um desserviço ao clube.
Como Carpini sempre colocou que deveria recair sobre ele ônus e bônus do rendimento da equipe, é natural que tenha que ser responsabilizado pela montagem do elenco, desconsiderando estatura. E o preço disso foram incontáveis gols sofridos no jogo aéreo.
PLANO B
A falta de um plano B de jogo, tardiamente mostrado nos primeiros 18 minutos contra o Náutico, teve peso considerável.
Na ocasião, em vez do tic-tac houve futebol em profundidade, diferente daquele estilo manjado, que facilitava aos adversários para recomposição defensiva.
RECOMEÇO
Carpini precisa saber controlar as emoções.
O que ganhou ao sair atirando contra dirigente do clube, e sem dar nome aos bois, ou boi?
Em que isso vai modificar?
Por que provocar animosidade gratuita com a Ponte Preta, fechando desnecessariamente eventual porta de trabalho no futuro?
Portanto, que no seu recomeço como profissional do futebol – seja aonde for – possa levar na bagagem conceitos aceitáveis que mostrou no Guarani, mas a sabedoria para deixar de fazer aquilo que só lhe prejudicou na função.
É isso aí!