ELIMINATÓRIAS: Argentina dá vexame, só empata com a Venezuela e se complica
Os hermanos não podem mais tropeçar, enquanto seu adversário já está eliminado
Os hermanos não podem mais tropeçar, enquanto seu adversário já está eliminado
São Paulo, SP – A Argentina protagonizou nesta terça-feira um dos maiores vexames das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo da Rússia. No segundo jogo sob o comando de Jorge Sampaoli na competição, a equipe não conseguiu vencer a já eliminada Venezuela e ficou apenas no empate por 1 a 1, no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires.
O impensável resultado desta terça-feira complicou a Argentina nas Eliminatórias: soma 24 pontos e está em quinto lugar, o que a levaria para a repescagem. Pela penúltima rodada, em 5 de outubro, a equipe recebe o Peru em duelo decisivo, que pode valer uma vaga no Mundial de 2018, enquanto os já eliminados venezuelanos encaram o Uruguai, também em casa.
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Mesmo depois da partida apática no empate sem gols com o Uruguai, o técnico Jorge Sampaoli manteve a aposta no seu esquema 3-4-3, com Messi, Icardi e Dybala formando o trio ofensivo, além de Ángel di María atuando no meio de campo. Mas ele também apostou em algumas mudanças, como as entradas de Banega, Lautaro Acosta e Mascherano.
O JOGO
E foi justamente em boa participação de Mascherano que a Argentina quase abriu o placar aos três minutos. O jogador do Barcelona deu belo passe e Icardi recebeu sozinho, dentro da área, mas chutou em cima de Wuilker Fariñez, o jovem goleiro de 19 anos que foi vice-campeão no último Mundial Sub-20. O atacante ainda teria outra chance aos oito, ao receber cruzamento rasteiro de Di María. E, desta vez, ele não conseguiu dominar.
Estava fácil criar. A boa troca de passes no meio-campo e a constante movimentação de Di María pela esquerda municiavam seguidamente o ataque. Faltava, porém, a mesma qualidade nas finalizações. Icardi, assim, teve outra chance e parou em Fariñez. Banega também quase abriu o placar, mas o zagueiro Chancellor salvou de cabeça.
Principal jogador argentino até então, Di María sentiu uma lesão aos 24 e foi substituído por Acuña. Era o respiro que a Venezuela precisava. A seleção de Messi diminuiu o ritmo e os visitantes, enfim, conseguiram trocar alguns passes no ataque.
Quando a Argentina estava acuada, Messi buscou o jogo e apareceu com mais frequência no meio-campo, mas estava bem marcado e tinha dificuldades para criar – ou mesmo para finalizar. Aos 37 e aos 38, o astro do Barcelona teve chute bloqueado pela zaga. Também tentou de falta aos 41, mas mandou para fora. E, aos 46, após enfim receber com liberdade, ele parou em outra boa defesa de Fariñez.
SUSTO!
O segundo tempo ainda se iniciava quando a Argentina perdeu a bola no meio e a Venezuela saiu em rápido contra-ataque. Córdova, então, deu um bom passe e Jhon Murillo fez o imponderável: com um bonito toque por cima de Sergio Romero, com classe, abriu o placar e silenciou o Monumental de Núñez.
O gol complicava de vez a Argentina nas Eliminatórias. E, quando o desespero ameaçava tomar conta do estádio, apenas quatro minutos depois, Acuña deu bela meia-lua na esquerda, avançou e cruzou na pequena área. Bem posicionado, Icardi atrapalhou e Feltscher desviou contra as próprias redes.
ALÍVIO!
Mas o lance não mudou o panorama do duelo. A Argentina seguia sem inspiração após o providencial gol de empate, com o meio-campo travado e a linha ofensiva tímida. Precisando do triunfo, a equipe se lançava desorganizadamente. E sofria com os contra-ataques. Em duas cobranças de faltas frontais, a Venezuela desperdiçou chances de fazer o segundo.
Nem mesmo a aproximação dos minutos finais fez a Argentina acelerar o ritmo. Apático e sem criatividade, o time era facilmente anulado pela defesa venezuelana. E, assim, sem sequer dar um último vislumbre de bom futebol, a Argentina só empatou diante da eliminada Venezuela e viu o risco de ficar fora da Copa da Rússia, que parecia um fantasma distante após a chegada de Sampaoli, tornar-se uma ameaça perigosamente concreta.