Eita! Bicampeão do mundo diz que Pato e Adriano tinham potencial para serem "maiores da história"
Em entrevista ao podcast PodPah, Cafu revelou sucesso de Pato em sua chegada no Milan e força de Adriano na seleção brasileira
Didico sofreu com problemas pessoais e falta de foco, já o atacante do Orlando City, se machucou diversas vezes
Campinas, SP, 18 (AFI) – Um dos maiores da história de sua posição, ídolo no São Paulo, Roma, Milan, Palmeiras e duas vezes campeão do mundo com a seleção brasileira, o lateral-direito Cafu, em entrevista ao podcast PodPah, disse que Alexandre Pato e Adriano Imperador poderia ter se tornado “maiores centroavantes da história”.
Ele lamentou a falta de sequência de ambos na carreira, e disse que apostava nos dois brilhando na seleção brasileira.
“O Adriano jogava muito. Se ele tivesse dado sequência… São dois caras que nós apostamos muito, que se tivessem dado sequência da maneira que nós vimos no começo da carreira… Um se chama Pato e o outro se chama Adriano. ‘Se esses dois caras resolverem jogar bola e se comprometerem do jeito que nós achamos que podem, eles vão ser os dois maiores centroavantes da história do futebol’, (a gente dizia)”, contou.
PATO EXPLOSIVO
O defensor conta que na época do Milan, quando Pato chegou, ainda muito jovem, impressionou a todos pelo talento, velocidade e explosão. Diziam que era “imparável”. Testes feitos pelo clube revelaram que o arranque de Pato era maior que o do Ronaldo Fenômeno.
“Ele estava voando. Muito bem. Eu fui embora e, depois de cinco meses, o Pato machucou. Não jogou mais. Eu falei: ‘Ah, não é possível’. Ele tinha mais força que o Ronaldo. A explosão dele era maior que a do Ronaldo. Os caras mediram no Milan. Era impressionante. Ele batia com a esquerda e com a direita na mesma potência, rápido, cabeceava bem e ainda batia falta. E driblava bem, era habilidoso”, completou.
CANHOTO DIFERENCIADO
Rivais na Itália, Adriano jogava na Inter de Milão, ou seja, o lateral conviveu com “Didico” na seleção brasileira. Ele conta que dava conselhos para ele jogar bola e treinar, que seria impossível, destacou também o fato de ser canhoto. Claro, lamentou o fato de ter parado muito cedo.
“O Adriano, mesma coisa. Eu falava: ‘Adriano, joga bola. Se você jogar, esquece. Você não tem noção’. Primeiro, que a gente não tem centroavante canhoto. Dificilmente o Brasil produz um centroavante nato canhoto. É difícil. Dá para contar no dedo. Antes do Lukaku, era o Adriano. E é difícil de marcar. O Adriano tinha um potencial impressionante, joguei com ele várias vezes. Era chato de marcar. Ele parecia lento, pesado, e não era. Ele protegia a bola. Não tinha quem pegasse ele. Um baita centroavante”, avaliou.
“Mas o Adriano parou cedo e o Pato acabou não dando sequência porque teve um monte de lesão. Foi uma pena. A gente realmente achou que tinha achado o centroavante que o Brasil precisava”, concluiu.