E aí, você aposta em reviravolta da Ponte Preta?
A Ponte pode até surpreender se minimizarem os erros a partir da escolha de quem deve começar jogando.
A permanência no purgatório é propícia pra se postergar decisões que aos olhos da maioria são inadiáveis. Não há 'bicho papão'
Campinas, SP, 27 (AFI) – Na escola do futebol, há dirigentes prepotentes, que julgam-se bem acima dos clamores populares e fazem questão de tapar os ouvidos para opiniões adversas e críticas duras. Isso acontece na Ponte Preta, com o futebol empurrado daquele jeito, pra se ver depois o que pode acontecer.
Se a coisa for mantida no ‘chove e não molha’, vai se dando um tempo pra avaliar como fica.
A permanência no purgatório é propícia pra se postergar decisões que aos olhos da maioria são inadiáveis.
Na manhã/tarde deste domingo, vem aí o desafio de se enfrentar o ajustado time do Vila Nova, por ora com a sua retaguarda vazada apenas duas vezes e situado no pelotão de cima desta Série B do Campeonato Brasileiro.
Pode a Ponte Preta surpreendê-lo?
Pode, por mais que julguem isso como improvável.
Por que?
Porque não há ‘bicho papão’ nesta competição. Apenas uns clubes mais organizados, que se valem de algumas individualidades ou jogadas ensaiadas.
A Ponte pode até surpreender se minimizarem os erros a partir da escolha de quem deve começar jogando.
MATHEUS JESUS
Até que o meia Matheus Jesus nos desminta, não faz por merecer vaga entre os titulares.
Tem sido aquele jogador sem força ofensiva para ajudar na definição de jogadas, assim como se sente desobrigado a voltar sistematicamente, para ajudar no cinturão de marcação, na cabeça da área.
Desaprendeu?
Não. Tecnicamente ele tem qualidade, mas no futebol moderno é preciso juntar isso à força física.
E antes de traçarem comparativo da produtividade dele no Paulista da Série A2, considerem o desnível dela para esta Série B.
E se Matheus Jesus desmentir os seus críticos com gols e jogadas de aplausos neste domingo?
Ótimo, embora o racional indique que um ‘banquinho’ seria o mais recomendável.
QUE MAIS?
São tantos ajustes necessários para se construir confiança neste time da Ponte Preta, além, claro, de imprescindíveis reforços na reabertura da janela de contratações.
Por que não conseguem fazer o lateral-direito Maílton render ofensivamente aquilo que já mostrou?
Caso isso ocorresse, poderia haver dobradinha com Luiz Felipe pelo setor.
Se Artur já não mostra vigor físico para transição rápida ao ataque, não seria o caso de se fixar o polivalente Feliphinho na lateral-esquerda?
Marcar ele sabe. Também tem força física para levar a bola com velocidade ao ataque.
Claro que a partir disso é preciso organização de jogadas combinadas com meias e atacantes, para o complemento.
MEIAS LENTOS
Em jogos quando a Ponte Preta se organiza com proposta de abaixar as linhas e cuidar mais da defensiva, qual a justificativa para a manutenção em campo de dois meias lentos, casos de Élvis e Matheus Jesus?
Isso tem validade quando a estratégia é ofensiva e a Ponte com domínio da partida.
Do contrário, se o adversário está bem compactando no meio de campo, os volantes pontepretanos acabam sobrecarregados na marcação.
PABLO DYEGO
Por fim, que haja cobrança para que o atacante de beirada Pablo Dyego reencontre o futebol já mostrado no clube, assim como se certifiquem da validade de preferência pelo atacante Dudu.
É preciso que sejam criadas opções válidas para um centroavante faminto por gols como Jeh. Deixá-lo isolado à frente é desperdício.