Campinas, SP, 28 (AFI) – Quando foi treinador de futebol, o saudoso Mário Sérgio Pontes de Paiva ensinava que é balela esse troço de time que ganha não se mexe. Na concepção dele, as peças de uma equipe precisam ser mexidas para aprimoramento técnico-tático.

Pois o treinador pontepretano, Hélio dos Anjos, quis ser conservador na tarde deste sábado e manteve a escalação da goleada contra o Monte Azul, exceto o lesionado volante Léo Naldi, que cedeu lugar para Fraga.

A Ponte Preta ganhou o jogo do Taubaté por 2 a 1, em Campinas, pela quinta rodada da Série A2 do Paulista, mas convenhamos que na prática Dos Anjos cometeu dois erros na escalação.

AS QUESTÕES…

Se o lateral-direito Weverton não mostrou credenciais para permanência na equipe, por que escalá-lo, considerando que Luiz Felipe, embora improvisado no setor, teve rendimento melhor?

E por que esse desperdício de deixar um atacante de velocidade como Dudu no banco e optar pelo burocrático Júnior Tavares, desde o início da partida?

Embora, neste sábado, não tenha ratificado aquilo que já mostrou com a camisa pontepretana, Dudu entrou apenas aos 19 minutos do segundo tempo, quando o Taubaté havia equilibrado a partida.

Fosse escalado desde o início, quando o desenho do jogo era ataque da Ponte contra defesa do Taubaté, certamente daria mais poderio ao seu time, numa etapa em que o lado esquerdo pontepretano foi mal explorado, visto que Tavares não chegou ao fundo e o lateral-esquerdo Artur também.

ROBERTO CAVALO

Enquanto o conservadorismo de Dos Anjos implica em perda do potencial máximo do time pontepretano, seu adversário, treinador Roberto Cavalo, teve ‘precisa leitura’ daquilo que precisava ser feito para transformar um defensivo Taubaté do primeiro tempo em equipe que, na sequência, fosse pra cima, pois o placar lhe era desfavorável.

As três trocas feitas no intervalo, com entradas do lateral-esquerdo Ruan e os meias-atacantes Romarinho e principalmente Ueslei Brito serviram para que o ‘Burro da Central’ colocasse a bola no chão e se transformasse no principal adversário até então da Ponte Preta, nesta A2.

Foi em troca de passes envolventes que o Taubaté chegou ao gol de empate através de Romarinho, livre de marcação antes do arremate, com descuido de marcação do lateral-esquerdo pontepretano Jean Carlos, aos 14 minutos.

Por sorte, a Ponte Preta conta em sua equipe com um ncentroavante que tem faro de gol, como Jeh.

Em cobrança de escanteio através do meia Élvis, Jeh desviou de cabeça no primeiro pau, para a bola ‘morrer’ no canto oposto, aos 18 minutos.

PÊNALTI

Por sinal, foi através de Jeh, num descuido de marcação do zagueiro Gustavo Medina, aos 37 minutos do primeiro tempo, que a Ponte Preta poderia ter aberto o caminho da vitória.

Ao arrancar com a bola em velocidade, ele sofreu pênalti cometido pelo goleiro William Menezes, mas Élvis, na cobrança, surpreendentemente colocou a bola para fora.

A compensação dos pontepretanos, ainda no primeiro tempo, foi o gol aos 45 minutos, com participação de sua dupla de zaga.

Em bola cruzada por Élvis, com bola em movimento, Mateus Silva, em cabeceio, a colocou na trave, com Thiago Oliveira aproveitando a sobra para marcar.

JOGO MOVIMENTADO

Como a competição atinge a quinta rodada, ambas equipes correram mais do que partidas anteriores, com conotação de jogo bem competitivo.

Se Élvis esteve abaixo de seu potencial, a surpresa agradável no time pontepretano foi o volante Fraga, fazendo a sua melhor partida desde que foi contratado.

Rendimento satisfatório também deve ser atribuído a Felipe Amaral, também volante, desta vez com mais incursões no campo ofensivo.

Essa chamada dobra pelo lado esquerdo do time pontepretano, com Artur e Júnior Tavares, precisa ser revista, até porque, neste processo de indefinição, Artur não tem chegado ao fundo de campo, como era rotina.

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