Dirigente confirma Rojas no Corinthians e paraguaio chora em despedida no Racing

O Corinthians discute um contrato longo, de quatro anos, e teve o aval do técnico Vanderlei Luxemburgo, que espera reforços para reerguer o time

O meio-campista Matías Rojas fez seu último jogo com a camisa do Racing nesta quarta-feira, na vitória por 4 a 0 da equipe argentina sobre o Ñublense

Rojas Corinthians
Matías Rojas já se despediu do Racing (Foto: Divulgação)

Campinas, SP, 29 – O meio-campista Matías Rojas fez seu último jogo com a camisa do Racing nesta quarta-feira, na vitória por 4 a 0 da equipe argentina sobre o Ñublense, pela fase de grupos da Copa Libertadores. O jogador paraguaio marcou um belo gol de falta, foi aplaudido pela torcida ao ser substituído e chorou no banco de reservas.

Rojas tem um pré-contrato assinado com o Corinthians e desembarca no Brasil nos próximos dias para concluir o negócio. O diretor de futebol Alessandro Nunes confirmou o acordo com o jogador paraguaio e espera que o Corinthians resolva a questão do “transfer ban”, que impede o clube paulista de inscrever novos jogadores por dívidas não pagas, até o dia 3 de julho, quando abre a janela de transferências.

“O Corinthians trabalha muito para que na segunda-feira, dia 3 de julho, a gente não tenha nenhum problema nesse sentido e possa registrar nossa primeira contratação, o Matías Rojas, e eventualmente alguma outra que possa transcorrer nos próximos dias”, disse Alessandro, em entrevista após a vitória por 3 a 0 sobre o Liverpool (URU) nesta quarta.

Cobiçado por outras equipes, como Botafogo e Internacional, Rojas tem contrato com o Racing somente até o dia 30 de junho, mas não irá renovar. Embora o Corinthians não tenha que pagar para tirar o jogador de 27 anos da equipe argentina, o custo da operação é alto. Valorizado, o atleta exige cerca de R$ 15 milhões pelo pagamento de luvas e um salário anual líquido de R$ 10 milhões. Ele entende viver a melhor fase de sua carreira e já recusou uma proposta do Botafogo, em março, porque não a considerou vantajosa.

O Corinthians discute um contrato longo, de quatro anos, e teve o aval do técnico Vanderlei Luxemburgo, que espera reforços para reerguer o time. A diretoria vê o paraguaio como a solução para os problemas de criatividade da equipe, muito dependente de Renato Augusto, muitas vezes indisponível devido às lesões.

Depois de garantir a classificação para os playoffs da Copa Sul-Americana, o Corinthians volta a campo no domingo, quando recebe o Red Bull Bragantino, às 11h, na Neo Química Arena, em São Paulo, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Matias Rojas
Matías Rojas acerta com Corinthians (Foto: Divulgação)

QUEM É MATIAS ROJAS

Natural de Assunção, capital do Paraguai, Matías Nicolás Rojas Romero foi revelado pelo Cerro Porteño. Aos 22, anos, ele se mudou para a Argentina para defender o Lanús, no qual teve curta e discreta passagem, com poucos jogos e apenas um gol. De lá, se transferiu para o Defensa y Justicia, pelo qual ganhou mais destaque.

Seus dez gols em 27 partidas chamaram a atenção do Racing, que contratou o paraguaio em 2020 por indicação de Eduardo Coudet, ex-técnico do Atlético-MG – na época, o clube argentino pagou U$$ 2,5 milhões por 50% dos direitos econômicos do atleta.

O armador veste a camisa 10 do time argentino, bate faltas e se destaca pelo habilidoso e potente pé esquerdo. Também tem como virtudes o passe, a condução de bola e a versatilidade, uma vez que pode jogar como segundo volante e pelas pontas. No momento, ele tem atuado pelo lado direito.

Matías Rojas tem 24 gols e 14 assistências em quatro temporadas com a camisa do Racing. Pela seleção paraguaia, marcou um gol. Em 2023, foi às redes sete vezes e deu um passe para seus companheiros marcarem. O gol mais célebre ele fez de trás do meio de campo em abril, em partida da Libertadores contra o Ñublense.

Algo que preocupa os torcedores corintianos é o histórico de lesões do jogador. O paraguaio se recuperava de uma lesão no tornozelo direito e, por isso, perdeu oito jogos do Racing. Em 2022, sofreu três contusões, três delas musculares e não esteve em campo em 16 partidas. No total, foram mais de três meses indisponível.

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