Deyverson rouba a cena na vitória do Cuiabá sobre o Cruzeiro

Fez o gol, fechou a mão e levantou o braço; aplaudiu adversário ao levar um 'chapéu' e tampou os ouvidos ao ser xingado pela torcida do Cruzeiro.

Ele marcou o gol do Cuiabá, aos 36 minutos, que deu ao Dourado a vitória que o livrou, neste momento, da zona de rebaixamento

Cuiabá - Deyverson
Deyverson marca gol e cerra o pulso no alto. Foto: Redes Sociais

Sete Lagoas, MG, 22 (AFI) – O atacante Deyverson ‘roubou a cena’ no jogo desta segunda-feira à noite, em Sete Lagoas (MG), em que o Cuiabá venceu o Cruzeiro por 1 a 0, no fechamento da sétima rodada do Campeonato Brasileiro.

Ele marcou o gol do Cuiabá, aos 36 minutos do primeiro tempo, que deu ao Dourado a vitória importante que o livrou, neste momento, da zona de rebaixamento. O atacante comemorou com a mão fechada e braço levantado, uma referência ao racismo (*). Um ato de solidariedade após o escandaloso caso de racismo ocorrido na Espanha contra Vinícius Júnior.

No segundo tempo, após um lançamento longo, ele levou um ‘chapéu’ do zagueiro Oliveira e, curiosamente, saiu aplaudindo o adversário pelo belo lance. No segundo tempo, ao ser substituído, Dyeverson mais uma vez chamou a atenção. Ao passar na frente da torcida do Cruzeiro, ele tampou os dois ouvidos e seguiu adiante, quieto em direção aos vestiários.

Cuiabá - Deyverson
Deyverson foi substituído e levou os dedos aos ouvidos na frente da torcida do Cruzeiro. Foto: Cuiabá – Oficial

GESTO HISTÓRICO *
Um gesto imortalizado pelos atletas americanos Tommie Smith (24 anos na época) que levantou o braço direito, vencedor do 200 metros, e pelo companheiro Jhon Carlos (23 anos), medalha de bronze, que levantou o braço esquerdo no pódium das Olimpíadas na Cidade do México, em 1968, ouvindo o hino americano em silêncio.

Na época o gesto representava o movimento Black Power, que era muito forte na defesa dos negros nos Estados Unidos. Ambos usavam luvas pretas e inclinaram a cabeça levemente para baixo, além de vestir meias pretas, que representavam os pobres americanos.

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