Paulista A3: Deferida recuperação judicial do Marília

Justiça bloqueou mais de dois milhões das contas maqueanas, que contabiliza uma dívida trabalhista na casa dos quase R$ 15 milhões de reais

Em despacho feito pelo juiz Paulo Roberto Zaidan Maluf, Marília informou que as dívidas do clube datam desde 2008 por conta de rebaixamentos consecutivos

Marília
Marília teve seu pedido de recuperação judicial aceito pela Justiça. Foto: Leonardo Carrara/MAC

Marília, SP 31 (AFI) – O Marília Atlético Clube cumpriu um passo importante no processo de organização de suas finanças ao ter o seu pedido de recuperação judicial aceito pela Justiça.

A publicação da decisão foi feita pelo juiz Paulo Roberto Zaidan Maluf, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Portanto, as penhoras e bloqueios das receitas do MAC estão suspensas pelo prazo de 180 dias. As informações são exclusivas do jornalista Jorge Luiz, da imprensa especializada de Marília.

A empresa Junqueira Garcia foi nomeada pelo Tribunal de Justiça para realizar o laudo pericial e terá a missão de auditar as contas do Marília, analisando todas as documentações exigidas pela legislação.

Os custos de tal trabalho de análise é de R$ 20 mil reais, a serem custeados pelo próprio Marília e devem ser pagos em um prazo de 15 dias a partir da data da execução do serviço.

MARÍLIA TEM MAIS DE DOIS MILHÕES BLOQUEADOS

São quase dois milhões de reais retidos das contas do Marília pela Justiça, entre cotas de participação em competições, como o Campeonato Paulista A3 e premiações de dois vice-campeonatos da Copa Paulista, em 2020 e 2022 além de prêmios pela participação na Copa do Brasil.

As dívidas trabalhistas do clube, segundo informado pela própria diretoria, giram em torno de R$ 15 milhões de reais (ou exatamente R$14.894.154, 83 de reais).

Segundo o despacho, a dívida atual do MAC data de 2008, quando passou por um período de rebaixamentos e eliminações “precoces”.

“O MAC MARÍLIA ATLÉTICO CLUBE informa que a crise decorre desde 2008, quando enfrentou rebaixamentos e eliminações precoces nos campeonatos disputados, sendo que em 2009 e 2010 participou da série A2 do Campeonato Paulista de Futebol e a Série C do Campeonato Brasileiro, nas quais foi eliminado ainda nas primeiras fases das competições.


No ano de 2011, o MAC foi novamente rebaixado nas competições que disputava, tanto estadual quanto nacional, o que diminuiu ainda mais as receitas advindas da federação, inclusive com redução do calendário de jogos em razão dos campeonatos menos expressivos que passou a disputar.

No ano de 2012, o MAC perdeu a vaga para disputar a Série D do Campeonato Brasileiro, deixando, assim, de disputar as principais competições do esporte no Brasil, as quais garantiam um faturamento que era suficiente para fazer frente às suas despesas correntes.

Assim, resumidamente, o MAC alega que a crise experimentada é uma consequência dos reiterados rebaixamentos que sofreu nas competições que disputou, o que causou expressiva diminuição de sua renda, aliado à manutenção de seus custos fixos ao longo de cada ano/temporada, em especial os custos trabalhistas, o que causou, segundo narrado na petição inicial, um
efeito dominó nas finanças do clube, que vem se arrastando há longos anos”, informa parte do documento

Tal dívida atrapalha o planejamento financeiro do Marília, que foi em busca de uma solução jurídica para amenizar suas contas. O processo de recuperação judicial é o primeiro passo para que o MAC consiga se transformar em SAF.

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