De que adianta o Guarani ser organizado taticamente se falta o homem gol?
Taticamente o Guarani tem demonstrado ser uma equipe bem arrumada. Mas falta lucidez ofensiva para furar o bloqueio adversário.
Problema é que o estágio físico do time bugrino - com pouco tempo de preparação - está aquém do necessário. Louzer usou estratégia certa
BLOG DO ARI
Campinas, SP, 24 (AFI) – Cabe parabenizar a torcida bugrina nesta quarta-feira. Noite friorenta em Campinas, atípica para o verão, jogo contra o São Bernardo com início às 21h30, e o público pagante foi de 7.448 torcedores. Lógico que os bugrinos saíram frustrados do Estádio Brinco de Ouro com o empate sem gols e a falta de lucidez ofensiva para furar o bloqueio imposto pelo adversário.
Afora isso, taticamente o Guarani tem demonstrado ser uma equipe arrumada, com saída de bola pelos dois lados do campo, aproximação de vários jogadores nas imediações da área adversária e obediência para rápida recomposição quando a bola é perdida.
Problema é que o estágio físico do time bugrino – com pouco tempo de preparação – está aquém do necessário, e isso fez o seu treinador Umberto Louzer a ter leitura correta da estratégia inicial: pressionar o adversário, construir o placar e depois procurar administrá-lo.
Como o goleiro Alex Alves, do São Bernardo, impediu isso por duas vezes, em finalizações seguidas de Heitor e Chay, evidente que dar continuidade àquela pressão seria impossível, e bastou o Guarani reduzir aquela intensidade para que o São Bernardo se organizasse melhor em campo e até tentasse algumas jogadas de ataque, visando incursões de seu lateral-direito Vitor Ricardo.
Todavia, a chance real de gol do time do ABC, durante o primeiro, ficou por conta de um ‘petardo’ de fora da área deste bom meio-campista Rodrigo Souza, com a bola ‘beijando’ o travessão do goleiro bugrino Douglas Borges, aos 42 minutos.
Na sequência, quase que o Guarani respondeu com sucesso em finalização de Derek, mas desta vez Alex Alves salvou na linha fatal, já nos acréscimos.
MODIFICAÇÕES
Evidente que a boa postura de marcação do São Bernardo e o condicionamento físico mais apropriado – pois voltou às atividades em novembro passado – poderia favorecê-lo, o que na prática se confirmou.
A rigor, após o intervalo, os treinadores Umberto Louzer e Márcio Zanardi fizeram modificações no Guarani e São Bernardo, respectivamente, mas os jogadores que entraram não modificaram a história do jogo, cujo resultado foi melhor para o visitante, que chega ao quarto ponto, enquanto o time bugrino continua sem fazer gol neste Paulistão.
CHAY
Teria sido precipitada a estreia do meia-atacante Chay, que conseguiu correr razoavelmente até a metade do primeiro tempo?
Trocado em miúdos, para simplificar, fisicamente Chay está para o Guarani como Élvis sempre esteve para a Ponte Preta.
Tecnicamente não se discute a capacidade de ambos e ponto final.