Data marcada! Justiça do Paraguai agenda julgamento de Ronaldinho para dia 24
Ao lado do irmão, Roberto de Assis Moreira, serão julgados por uso de documento falso pelo juiz Gustavo Amarilla
Ao lado do irmão, Roberto de Assis Moreira, serão julgados por uso de documento falso pelo juiz Gustavo Amarilla
Rio de Janeiro, RJ, 10 (AFI) – Nesta segunda-feira (10), a Justiça do Paraguai anunciou que marcou o julgamento de Ronaldinho Gaúcho e de seu irmão, Roberto de Assis Moreira, para o dia 24 de agosto. Os dois, que estão presos no país vizinho desde o ano passado, serão julgados por uso de documento falso pelo juiz Gustavo Amarilla.
Além disso, o Ministério Público do Paraguai propôs um acordo a defesa de Ronaldinho, que a justiça condene o ex-atleta ao pagamento de uma multa de US$ 90 mil (R$ 487 mil, na cotação atual) em reparação ao crime. E, que também condene Assis, a pagar US$ 110 mil (R$ 596 mil). O valor pago em fiança pelos dois seria devolvido.
Independente do resultado desse julgamento, Ronaldinho e o irmão devem ser liberados para voltar ao Brasil, depois desta data.
RELEMBRE O CASO
Ronaldinho e o irmão foram presos em 6 de março. Depois de ficarem em um presídio de segurança máxima, os dois foram transferidos em abril para prisão domiciliar, em um hotel de Assunção, após fiança de US$ 1,6 milhão (aproximadamente R$ 8,5 milhões).
A pena para o uso de passaportes falsos no Paraguai prevê até cinco anos de prisão. Os promotores investigavam ainda suposta participação de Ronaldinho e o irmão em uma organização criminosa especializada em falsificação de documentos e lavagem de dinheiro. Desde o início das investigações, a defesa dos brasileiros alega que os dois foram enganados e não sabiam que os passaportes tinham sido adulterados.
O caso envolvendo o ex-jogador brasileiro virou um escândalo no Paraguai e atingiu vários funcionários da Diretoria de Migração e do Departamento de Identificação, que emitem passaportes e cartões de identidade, além de fiscais do Aeroporto Internacional de Assunção. Dezoito pessoas foram detidas por envolvimento no caso.
Em março, a Justiça havia determinado que Ronaldinho e o irmão precisavam permanecer detidos durante a investigação. O inquérito poderia durar até seis meses para ser concluído, de acordo com as leis paraguaias. Desde então, ele está em prisão domiciliar em um hotel na capital Assunção.