Daniel Alves recebe visita de ex-mulher duas semanas após fim do casamento

Lateral está preso desde o dia 20 de janeiro por suposta agressão sexual contra uma jovem de 23 anos

Daniel Alves recebeu a visita da ex-mulher, Joana Sanz, no domingo, no Centro Penitenciário Brians 2, na Espanha

Daniel Alves segue preso na Espanha
Daniel Alves segue preso na Espanha (Foto: Divulgação / Pumas)

Campinas, SP, 27 – Daniel Alves, preso desde o dia 20 de janeiro por suposta agressão sexual contra uma jovem de 23 anos, recebeu a visita da ex-mulher, Joana Sanz, no domingo, no Centro Penitenciário Brians 2, na Espanha. O encontro ocorreu cerca de duas semanas após ela anunciar o fim do casamento com o brasileiro por meio de uma carta nas redes sociais.

Segundo a publicação, Daniel Alves e Joana Sanz conversaram frente a frente, por quase uma hora, separados apenas por uma janela de vidro. A modelo e empresária de 29 anos foi questionada pela imprensa sobre o teor da visita ao deixar o local, mas ela foi embora sem fazer qualquer declaração aos jornalistas.

VISITAS

Ainda de acordo com a reportagem, Joana Sanz visitou Daniel Alves diversas vezes desde a prisão do brasileiro. Em algumas ocasiões, porém, ela conseguiu falar pessoalmente com o jogador de 39 anos. Segundo a imprensa espanhola, o lateral-direito também já recebeu visitas frequentes de sua primeira mulher, Dinorah Santana, que também é sua agente e mãe de seus dois filhos.

O Estadão publicou com exclusividade na última semana uma carta escrita por Daniel Alves para Joana Sanz, com quem ficou casado por oito anos. No texto, o atleta lamenta a decisão da modelo de terminar o relacionamento com ele na prisão e diz entender que ela “não tenha sido capaz de suportar toda essa pressão”. O veterano afirma que vai “seguir lutando para demonstrar sua inocência “ao mundo inteiro” e declara que as acusações contra ele “são alheias aos valores” que o guiaram por toda a vida.

CASO DANIEL ALVES

O jogador teve a prisão decretada no dia 20 de janeiro. Ele foi detido ao prestar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher no dia 30 de dezembro. O Ministério Público da Espanha pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.

A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona, na Espanha. O atleta, que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria trancado, agredido e estuprado a denunciante em um banheiro da área VIP da casa noturna, segundo o jornal El Periódico. Ela procurou as amigas e os seguranças da balada depois do ocorrido.

A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia, que colheu depoimento da vítima. Uma câmera usada na farda de um policial gravou acidentalmente a primeira versão da vítima sobre o caso, corroborando o que foi dito por ela no depoimento oficial. A mulher também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.

Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público pedir a prisão e a juíza aceitar. No início de janeiro, o jogador deu entrevista ao programa Y Ahora Sonsoles, em que confirmou que esteve na mesma casa noturna que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia.

No depoimento, porém, de acordo com os meios de comunicação da Espanha, o atleta afirmou que esteve com a mulher, mas sem ato sexual. Posteriormente, admitiu ter feito sexo, mas alegou que a relação foi consentida. Segundo a rádio Cadena SER, imagens da vigilância interna do local confirmam que Daniel Alves ficou 15 minutos com a mulher no banheiro.

Material coletado encontrou vestígios de sêmen tanto internamente quanto no vestido da denunciante. O Pumas, do México, anunciou que o contrato de trabalho de Daniel Alves com o clube foi rompido por justa causa. Daniel teve ainda negado pedido para responder o caso em liberdade. Ele pode ser condenado a dez anos de prisão.

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