D'Alessandro e Mazzuco assumem para 'dar paz' ao Internacional

As mudanças foram efetivadas com o intuito de dar mais tranquilidade ao time nesta reta final de temporada

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Porto Alegre, RS, 26 – Um dia após uma das melhores exibições do Internacional sob o comando do técnico Roger Machado – na vitória sobre o Cruzeiro por 1 a 0 -, o clube apresentou, nesta segunda-feira, seus novos integrantes do departamento de futebol: o ídolo D’Alessandro, diretor esportivo, e André Mazzuco, que ocupará o cargo de diretor executivo. As mudanças foram efetivadas com o intuito de dar mais tranquilidade ao time nesta reta final de temporada.

“Para mim é uma honra, um prazer e um privilégio voltar à minha casa, voltar ao Beira-Rio. O Inter faz parte, obviamente, da minha família. A minha volta é priorizando o clube. Aceitei o convite porque o presidente Alessandro me ligou, a gente conversou muito. Daqui a pouco vão me perguntar da dívida. O que menos se falou foi da dívida. Falamos de muitas coisas. Vamos trabalhar juntos pelo clube do clube”, afirmou o ex-meia.

A dívida mencionada pelo novo diretor esportivo é referente ao seu tempo de jogador. O Inter deve aproximadamente R$ 1,5 milhão ao ex-atleta, que vem sendo pago em parcelas. O caso gerou um mal-estar com o próprio presidente Barcelos, mas, pelo o que tudo indica, ficou no passado.

“Eu estou aqui para ajudar, por isso aceitei o convite. Eu me sinto capacitado. Não foi contratado um ex-atleta. O que eu fiz para o clube ficou pra trás. Sobre o presidente, a gente vai confiando mais um no outro. O torcedor pode ficar tranquilo que trabalho e cobrança não vão faltar. Os jogadores sabem disso, já deixei claro para eles como as coisas vão ser internamente”, completou.

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D’Alessandro já chegou dando respaldo ao trabalho que vem sendo desenvolvido por Roger Machado, mas fez um alerta.

“O treinador tem que trabalhar tranquilo, tem que saber que o diretor esportivo está aqui para facilitar o trabalho dele, mas o grupo tem que entender a história do clube. Nós temos que transmitir de dentro pra fora, não só esperar que a torcida lote o Beira-Rio. Nós podemos pedir ao torcedor? Podemos, mas nós temos que entregar. Jogador que não quer sofrer pressão e ser cobrado, errou de profissão.”

Por fim, o ex-jogador falou um pouco sobre sua passagem pelo Cruzeiro.

“Eu trabalhei ano passado em uma SAF, que é totalmente diferente. Trabalhei com a nomenclatura de coordenador de futebol, com a sub-20, trabalhando com o profissional, foi uma experiência muito legal, só que aqui é diferente… Temos os melhores elencos dos últimos anos, mas nós temos que ter um time, temos que ter um grupo, e isso não é fácil de conseguir. Todo mundo tem que suar a camisa. Futebol é trabalho”, finalizou.

Assim como D’Alê, Mazzuco também defendeu a linha de trabalho que vem sendo desenvolvida no Inter, principalmente com o técnico Roger Machado.

“Fico muito feliz, muito grato e muito privilegiado em estar aqui neste momento no Inter. Eu sou um cara que acredita muito nos processos, acredito muito na continuidade. No futebol brasileiro, temos essa cultura imediatista e isso tem que ser combatido”, afirmou.

O dirigente prometeu grandes coisas para o clube no futuro. “O presidente fala muito de transparência, verdade e propósito. Estamos juntando essas palavras para fazer algo substancial para o clube”, completou.

INTERNACIONAL SE REABILITA E SOBE NA TABELA

A vitória sobre o Cruzeiro levou o Internacional aos 28 pontos, na 11ª colocação do Campeonato Brasileiro. Inclusive, quebrou uma sequência negativa do clube no torneio e o afastou da zona de rebaixamento, onde tem o Vitória, no 17º lugar, com 22.

Coincidentemente, Inter e Cruzeiro voltam a se enfrentar no Brasileirão, em partida adiada por causa das enchentes que afetaram a cidade de Porto Alegre. O jogo será na quarta-feira, às 19h30, no Mineirão, em Belo Horizonte.

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