Sem patrocinador máster, Cuiabá busca novo parceiro para 2025
Mesmo na Série B do Brasileiro em 2025, o clube se vê valorizado com a construção de um novo centro de treinamento
Cuiabá, MT , 15 (AFI) – Após não renovar com o seu patrocinador máster, a Drebor, o Cuiabá está em busca de novo um parceiro para 2025. Considerada uma das principais vitrines da região centro-oeste, a equipe auriverde avalia a negociação com uma plataforma de apostas, já que este mercado passou desde o último dia 1º a estar plenamente regulamentado.
“Esperamos chegar a um acerto o mais rápido possível, mas também só vamos conversar quando entendermos que a proposta é satisfatória e dentro do que o Cuiabá entende que pode proporcionar atualmente como vitrine”, disse Cristiano Dresch, presidente do Cuiabá.
O Dourado não divulga a projeção de quanto quer chegar pela valorização de seu espaço máster, mas acredita que possa atingir patamares significativos. Mesmo na Série B do Brasileiro em 2025, o clube se vê valorizado com a construção de um novo centro de treinamento, orçado em 50 milhões, o fato de atuar num estádio de Copa do Mundo, a Arena Pantanal.
Além disso, recentemente, o mandatário do clube declarou que em conversas envolvendo novos reforços visando o ano de 2025, os jogadores possuem o desejo de atuar no Cuiabá, muito em razão da boa estrutura e gestão que o clube adotou nos últimos anos.
Agronegócio representa 10% da receita anual
Atualmente, o Cuiabá está longe de depender do agronegócio para equilibrar as contas. Hoje, o Sicred e o Agro Amazônia, companhias ligadas diretamente ao setor, patrocinam o clube, mas correspondem a menos de 10% da receita anual do Dourado. O restante do faturamento vem dos direitos de transmissão, venda de atletas, sócio torcedor e bilheteria.
O Mato Grosso é o estado que mais produz para o agro no Brasil. Segundo análise do Ministério da Agricultura e Pecuária, a região lidera o ranking dos 100 municípios mais ricos no agronegócio em 2023, com 36 municípios no total.
“Foi criado um mito enorme em cima do Cuiabá, de falar que somos o time do agro. Todos os investimentos que nós fizemos são das próprias receitas e do próprio lucro que o clube deu durante esses anos. Nós não tivemos nenhum investidor milionário do agronegócio que veio aqui dentro do Cuiabá e colocou dinheiro” explicou Dresch.
Após quatro temporadas consecutivas disputando a elite do futebol brasileiro, o presidente aborda os desafios que irá enfrentar para recolocar o Dourado na primeira divisão.
“Sabemos que a visibilidade é um pouco menor na Série B, então, este é o momento do clube ser fortalecido e abraçado. Nós temos um Projeto de Lei do Incentivo do Esporte aprovado. Ou seja, as empresas, ou até mesmo pessoas físicas, podem doar um imposto de renda para o clube. Em vez de pagarem o governo, doam diretamente para o clube. Está mais do que provado que o Cuiabá vem fazendo um trabalho sério, correto e que traz credibilidade para quem quiser investir”, acrescenta.
Além do acesso para a Série A do Campeonato Brasileiro em 2021, algo que um time mato-grossense não conseguia há 35 anos, o Cuiabá também disputou competições internacionais, como a Copa Sul-Americana, em 2022 e 2024. O último time da região que havia disputado a elite do futebol brasileiro foi o Operário de Várzea Grande, em 1986.