Belo Horizonte, MG, 26 (AFI) – O Cruzeiro está obstinado em contratar um meia para a próxima temporada. Tanto que o clube mineiro ofereceu R$ 66 milhões ao Guangzhou Evergrande, da China, para repatriar Ricardo Goulart, bicampeão brasileiro na Toca da Raposa. O acerto seria o maior da história do futebol brasileiro, que ainda envolve uma premiação de R$ 12 milhões e um salário estratosférico: R$ 1,8 milhão por mês para o craque.

De acordo com pessoas próximas ao clube, o que antes era apenas uma sondagem, agora passou a ser uma proposta oficial, que já foi enviada para a China e ainda depende de uma resposta. Mesmo com os valores acima do normal para o futebol brasileiro, a contratação é vista com pessimismo no Cruzeiro, uma vez que a multa rescisória do jogador com o Guangzhou Evergrande é de 50 milhões de euros, quase três vezes mais do que foi proposto.

Atravessando uma grave crise financeira, o Cruzeiro parece que não vai poupar esforçar para contratar Ricardo Goulart e já montou toda uma operação financeira para repatriar o meia. Seriam três parcelas: a primeira de cinco milhões de euros, depositada assim que o jogador passasse pelos exames médicos e assinasse o contrato. Depois, mais uma parceira de cinco milhões em julho de 2019 e outra de cinco milhões em julho de 2020.

No início deste ano o Cruzeiro fez um empréstimo de R$ 50 milhões para quitar salários atrasados e direitos de imagem ainda da última temporada. Mas este é só um dos problemas que o clube tem que enfrentar. Acionado na FIFA, o time mineiro ainda tem dívida em aberto com o Tigres, do México, pela compra do atacante Rafael Sóbis. De acordo com o presidente Itair Machado, todos os débitos somados ultrapassam R$ 90 milhões.