Cronista esportivo, quanta mudança! Tudo pela tecnologia

A evolução tecnológica produziu muitas mudanças na atuação do cronista esportivo. Claro que existem pontos positivos e negativos nestas inevitáveis mudanças.

O rádio esportivo foi senhor de si até os anos 80, quando equipes esportivas cortavam esse Brasil para transmissões de jogos

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Osmar Santos, maior homenageado no Dia do Cronista

BLOG DO ARI

Campinas, SP, 8 (AFI) – Oito de dezembro é data que marca o Dia do Cronista Esportivo. Pois é, cronista esportivo: quem te viu e quem te vê! Jornalismo impresso foi engolido pelas versões digitais. Cheguei a preconizar, no início do século, que jornal papel teria vida útil até o final da primeira década, mas, como aquele pugilista que reluta ao nocaute, alguns veículos ainda continuam cambaleando.

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Ora, se a tela do celular estampa a notícia poucos minutos do ocorrido, como esperar apenas o dia seguinte para o leitor se informar?

Pessoas alheias ao meio jornalístico de certo não presumem o custo de uma versão impressa há cerca de quatro décadas, quando, anexo à Redação, equipes de diagramadores produziam o desenho de cada página.

E antes do encaminhamento do material produzido às oficinas, os chamados revisores se encarregavam da correção de erros.

Etapas cumpridas, o encaminhamento final cabia aos linotipistas e pessoal de impressoras.

A evolução tecnológica na linha de produção implicou em ‘tesourada’ quer no pessoal da diagramação, quer na revisão. Assim, o material produzido pela Redação passou a ser encaminhado diretamente às impressoras.

RÁDIO

O rádio esportivo foi senhor de si até os anos 80, quando equipes esportivas completas cortavam esse Brasil para transmissões de jogos dos clubes de Campinas e de grandes centros.

Sem a presença da televisão para mostrar as imagens, narradores de rádio transmitiam até falsas emoções de lances sem consequência aguda.

Todavia, os veículos primavam pela excelência na escolha de analistas, de forma que o ouvinte tivesse visão real do ocorrido.

Foi época em que repórteres traduziam com fidelidade desfechos de jogadas de ataques das equipes, assim como retransmitiam integralmente falas de jogadores, árbitros e treinadores, no calor de partidas.

Destemidos, igualmente mostravam-se firmeza durante as entrevistas.

Depois, como a televisão trocou a seleção de apenas um jogo de determinado campeonato para ‘varredura’ de todos eles, coordenadores de equipes esportivas se viram desobrigados para envio de equipes aos locais dos jogos, priorizando o chamado off tube, com redução de custo com viagens, hotéis e alimentação.

O nível dos profissionais atuais às reportagens é consideravelmente inferior comparado a décadas passadas, quando havia esforço até exagerado deles para brindar os seus ouvintes com informações exclusivas.

TELEVISÃO

A evolução tecnológica trouxe mais benefícios à televisão.

Ampliação de câmeras possibilita que flagrem as principais imagens, não escapando absolutamente nada ao telespectador.

Microfones espalhados em espaços específicos nos estádios captam falas de treinadores e manifestação do público.

Se outrora temia-se que a televisão fosse tirar público dos estádios, o tempo mostrou que a queda foi bem aquém do previsto.

A televisão, em geral, adotou sábia medida de priorizar ex-jogadores como analistas de jogos e programas esportivos.

A evolução da ‘engenharia tática’ em partidas de futebol passou a requerer gente com passagens pelos gramados, com finalidade de traduzir com fidelidade as exposições dos treinadores.

Se a princípio passavam por bajuladores de profissionais nos gramados, o tempo ensinou-lhes como se desprender do receio e retratar com fidelidade o ocorrido
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INTERNET

Ganho considerável ficou por conta da Internet, filha caçula dos meios de comunicação, principalmente através dos painéis atualizados de resultados de jogos e classificação dos campeonatos.

Quando introduzida, provocou desativação de equipes de ‘rádio escuta’ em estúdios de emissoras, pois basta o plantonista esportivo fazer a conferência de resultados de jogos e divulgá-los.

O portal da casa – o Futebol Interior – é pioneiro no lançamento do Placar ao Vivo, acessado por incontáveis profissionais de emissoras de rádio, sem que seja dado o devido crédito.

Quando do nascimento do FI, em 1999, em pequena casa na Rua Abolição, em Campinas, lá estava eu produzindo a coluna Reminiscências, recapitulando histórico de jogadores relevantes do passado.

A partir de 2010, quando me desliguei de redações impressas de jornais, passei a produzir diariamente o Blog do Ari, divulgado em duas plataformas e com o mesmo conteúdo.
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Se na home do portal há toda estrutura de valorização de fotografias e destaque gráfico, no link https://blogdoari.futebolinterior.com.br/ você pode acessar a seção de comentários, e estou aguardando a sua participação, para se incorporar a dezenas de outros fiéis parceiros.    

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