Críticos de Clayson se rendem à evolução dele no time pontepretano

Atacante corrige defeitos e cresce no conceito do torcedor

Críticos de Clayson se rendem à evolução dele no time pontepretano

Somei-me a centenas de torcedores pontepretanos que não pouparam críticas ao atacante Clayson, da Ponte Preta, e convenhamos que foram fundamentadas e justas.

Se antes reconhecíamos virtudes nele apenas como jogador aplicado, coadjuvante na marcação pela beirada de campo, agora temos que humildemente reconhecer o progresso técnico considerável dele.

A velocidade do Clayson de outrora pouca validade tinha, pois driblava de forma inconsequente até perder a bola.

Não tinha discernimento para o jogo coletivo ofensivamente. Faltava-lhe reflexo e precisão para definição do passe e cruzamento.

Pra roubar metáfora do amigo radialista Carlos Batista, da Rádio Bandeirantes-Campinas, no passado a finalização do atleta parecia coice de grilo: fraco e sem direção.

Logo, tinha lógica aquela contestação sobre o rendimento dele, e o frequente questionamento como titular.

EVOLUÇÃO

De repente, e surpreendentemente, Clayson fez questão de nos desmentir.

Mostrou que é possível assimilar ensinamentos de comissões técnicas, e sobretudo ser compensado com a adoção do lema ‘Deus ajuda quem cedo madruga’.

De repente, aqueles dribles com cara de ‘pelada’ e sem objetividade passaram a ser produtivos. De repente, a sábia percepção sobre o momento em que o passe ao colega mais bem colocado vale mais de que a individualidade.

CÉTICOS

E como quem quisesse fazer questão de desmentir os céticos sobre melhoria nas finalizações, eis que ele já coloca o ‘pé na forma’, com tendência natural de aumentar a incidência de gols.

Até taticamente Clayson tem crescido ao rodar por todo espaço do ataque, em vez daquela restrita fixação quer no lado esquerdo, quer no lado direito.

Todos esses ganhos técnicos foram associados à continuidade de aplicação para voltar à marcação.

Em suma, não estava errado quem o criticava.

Não seja aquele crítico turrão que não dá a mão à palmatória. Só míopes não reconhecem a tremenda evolução do jogador.

Pensadores ensinaram-nos que sejamos humildes, que incorporemos a imortal frase em que ‘o pior defeito de uma pessoa é não reconhecer os seus próprios erros’.