Criciúma só precisou do 1º tempo para virar em cima da Ponte Preta

Pintado ainda não conseguiu transformar a Ponte Preta na mínima organização que se cobra para campanha sem susto nesta Série B

Foi um primeiro tempo em que a Ponte Preta não conseguiu se organizar ofensivamente. Apesar de sair na frente, com um 'gol dado'

Brasileirão - Série B
Ponte Preta ainda sem organização

BLOG DO ARI

Campinas, SP, 2 (AFI) – O fato do zagueiro Rodrigo, do Criciúma, ter dado um gol de presente à Ponte Preta, logo aos quatro minutos de partida, não quis dizer absolutamente nada na noite desta quarta-feira, no interior catarinense.

O sentido mais organizado dos mandantes, principalmente durante o primeiro tempo, foi preponderante para que virassem o placar antes do intervalo, com manutenção desta vantagem por 2 a 1 até o término da partida, na segunda rodada do segundo turno da Série B do Campeonato Brasileiro.

O erro do zagueiro Rodrigo, do Criciúma, foi tentativa de drible sobre o atacante Eliel, com perda da bola, e isso resultou no gol pontepretano.

Na finalização, a bola ainda resvalou no goleiro Gustavo, sem que mudasse a trajetória a caminho do gol.

CLAUDINHO NO ATAQUE

O Criciúma tinha um plano de jogo com volume ofensivo basicamente pelo lado direito, favorecido pelos seguidos avanços do lateral Claudinho.

A estratégia obrigou o volante pontepretano Feliphinho a se preocupar com a dobra de marcação no lado esquerdo de sua defesa, porém sem sucesso.

Não fosse a imperícia do meio-campista Crystopher, ao perder gol feito aos 12 minutos, quase na entrada da pequena área, o Criciúma já teria empatado, mas foi dele a cobrança de escanteio, pela direita, ocasião em que a bola chegou na cabeça do meio-campista Rômulo, que testou de forma indefensável ao goleiro Caíque França, sob os olhares do atacante André, da Ponte, o jogador mais perto da jogada, aos 18 minutos.

VAR VALIDA

O volume de jogo do Criciúma indicava que pudesse ficar mais próximo do segundo gol, o que ocorreu aos 30 minutos.

Com a linha da defesa pontepretana avançada, a bola foi lançada ao centroavante Felipe Vizeu, que ganhou na velocidade do zagueiro Mateus Silva, e depois serviu o lateral Claudinho, que acompanhava a jogada, e marcou o gol.

O bandeirinha Renan Aguiar chegou a marcar impedimento, mas, orientado pelo VAR, o árbitro cearense Marcelo de Lima Henrique foi rever o lance e constatou jogada legal, confirmando o gol.

ELVIS

Foi um primeiro tempo em que a Ponte Preta não conseguiu se organizar ofensivamente.

Se o time carecia de articulação através dos volantes, o meia Elvis andava em campo e não produzia o esperado, e os laterais Weverton e Artur praticamente não avançaram, preocupados que estavam com a marcação. Assim, é evidente que a Ponte Preta rondaria as proximidades da área adversária poucas vezes.

E isso só ocorreu devido à erros de perda de bola de defensores do Criciúma, principalmente o instável zagueiro Rodrigo.

Logo, o treinador pontepretano Pintado tomou a lógica providência de sacar Elvis no intervalo, imaginando ganhar opção de ataque com a entrada de Igor Torres.

ADMINISTRAR VANTAGEM

Como o Criciúma correu bastante durante o primeiro tempo, o desgaste foi sintomático em seguida.

Assim, a preocupação foi administrar a vantagem então construída.

Apesar disso, a Ponte Preta só passou a mostrar mais volume ofensivo com as entradas de Paulo Baya no lugar de Eliel e Mailton em substituição ao volante Léo Naldi.

E de uma finalização de Mailton, de fora da área, só não empatou porque o goleiro Gustavo se desdobrou para praticar defesa difícil, aos 37 minutos.

Antes disso, o meiocampista Arilson colocou o atacante Fabinho na cara do gol, mas o arremate foi para fora, aos 27 minutos.

Das trocas feitas pelo Criciúma, apenas o experiente atacante Eder construiu algumas jogadas.

PINTADO

Embora tenha ficado claro o empenho dos jogadores pontepretanos em campo, o treinador Pintado ainda não conseguiu transformar a sua equipe na mínima organização que se cobra para campanha sem susto na competição.

Será preciso buscar opções para melhorar a transição ofensiva através de laterais.

Por sinal, não se compreende como Artur continua intocável na equipe, sendo que ofensivamente quase nada acrescenta.

Em jogo ‘pegado’, com exigência do vigor físico, o meia Elvis acaba absorvido pela marcação.

Assim sendo, é recomendável que seja preservado para os jogos realizados em Campinas.

Se a bola não chega qualificada ao ataque, como esperar efetividade do centroavante André, que acaba absorvido pela marcação?   

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