"Corra e olhe o céu"! Fluminense lança camisa em homenagem à Cartola. VEJA AS FOTOS

O novo terceiro uniforme do Tricolor é em homenagem a Angenor de Oliveira, gênio do samba e apaixonado torcedor do clube.

Fluminense lança camisa em homenagem ao sambista Cartola
Fluminense lança camisa em homenagem ao sambista Cartola (Foto: Divulgação)

Rio de Janeiro, RJ, 11 (AFI) – Ai, corra e olhe o céu, que o Sol vem trazer bom dia”… A poesia de Cartola vive no coração de todos os brasileiros e brasileiras, mas com um carinho especial no peito de cada torcedor do Fluminense.

O Tricolor e a Umbro lançaram nesta quarta-feira, 11 de de outubro, data de nascimento do cantor e compositor, um dos lançamentos mais especiais: o novo terceiro uniforme do clube em homenagem a Angenor de Oliveira, gênio do samba e apaixonado torcedor tricolor.

A camisa traz as cores verde, em predominância, e rosa, nos detalhes da gola, manga, ombros e numeração. A escolha faz referência à Estação Primeira de Mangueira, uma das mais tradicionais escolas de samba do carnaval carioca, atrelada, desde as suas raízes, à história de Cartola, um dos mais icônicos moradores da comunidade da Zona Norte da cidade.

Para celebrar a paixão de Cartola pelo Fluminense, o uniforme homenageia um clássico do samba presente no primeiro álbum de estúdio do sambista, de 1974:  a canção “Corra e Olhe o Céu”. A letra da música percorre toda a camisa, na parte frontal e nas costas, com fonte que replica as letras do próprio Cartola, transformando o uniforme em um manuscrito do artista.

Para tornar o lançamento ainda mais especial, foi desenvolvida uma etiqueta exclusiva para a coleção. Localizado na barra da camisa, o selo traz um icônico desenho do artista com a camisa tricolor, cercado pelo nome “Mestre Cartola” em fonte estilizada. A camisa tem também o nome Cartola estilizado com elementos do Fluminense, marcando ainda mais a relação entre o clube e o poeta, na parte interna da gola.

CARTOLA E FLUMINENSE

Carioca nascido no bairro do Catete, Angenor de Oliveira era espectador assíduo dos treinos do time profissional, na época tricampeão carioca de 1917/18/19, e acompanhava as obras do estádio do Fluminense. Aos 8 anos, mudou-se para o bairro das Laranjeiras. Na mesma época em que jogava bola em um terreno próximo ao clube e assistia às carretas de obras trazendo terra e trabalhando o dia todo, o menino Angenor precisou se mudar para o Morro da Mangueira, onde mais tarde fundaria a Estação Primeira de Mangueira e escolheria as cores da escola em homenagem ao clube do coração.

Angenor sempre foi tricolor. Em 1969, já consagrado como artista, Cartola foi convidado pelo então presidente tricolor Francisco Laport para um almoço, onde seria homenageado por toda a diretoria do Fluminense.

Logo após a contratação do craque Rivellino, em 1975, o então presidente Francisco Horta quis incrementar a estreia do jogador, que aconteceria em um sábado de Carnaval – algo atípico na época –, contra o Corinthians. Horta contou com o apoio de Cartola, e o sambista lançou a torcida Manga-Flu e convocou o mestre de bateria da Mangueira, Valdomiro, que garantiu a participação dos seus 120 ritmistas e certificou o sucesso de um desfile na geral do estádio. Com um grande público no Maracanã, Rivellino presenteou a torcida com três gols na vitória do Fluminense por 4 a 1 sobre o Corinthians.

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