Corinthians gera polêmica ao omitir cor verde da bandeira LGBTQIA+ em homenagem
Timão evita utilizar a cor símbolo do rival Palmeiras
São Paulo, SP, 17 – No Dia Internacional de Combate à Homofobia, diversos clubes se manifestaram nas redes sociais para manifestar apoio à causa. Entre as publicações que mais chamaram atenção está a do Corinthians, mas não exatamente pelos motivos mais nobres. O clube gerou polêmica entre os seus seguidores ao omitir a cor verde, a mesma do rival Palmeiras, da bandeira LGBTQIA+ compartilhada em seu perfil no Twitter.
“O Brasil é o País que mais mata pessoas LGBTQIA+. Respeite quem só quer viver”, relembrou o Corinthians no post. Somente no ano passado, 316 assassinatos foram registrados pelo Observatório de Mortes e Violências contra LGBTQIA+. O relatório indicou um aumento de 33% em relação a 2020.
O Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+. Respeite quem só quer viver.
— Corinthians (@Corinthians) May 17, 2022
17 de maio – Dia Internacional de Combate à Homofobia pic.twitter.com/TzI4gnvwGr
CRÍTICAS AO CORINTHIANS
Apesar do tom contundente da publicação, a cor cinza na bandeira arco-íris não passou despercebida por alguns usuários, que questionaram a postura do clube em não abrir mão da rivalidade nem mesmo em um momento de solidariedade e luta contra o preconceito. Por outro lado, alguns torcedores minimizaram o assunto.
Além do Corinthians, outros gigantes do futebol brasileiro relembraram a data. “Respeito é tarefa diária que deve ser exercida por todos. Por isso, falamos: não à homofobia”, escreveu o São Paulo. “Sempre do lado do amor. Nunca do lado do preconceito”, postou o Santos.
“É inadmissível que uma pessoa viva com medo por seu gênero ou sexualidade. Todas as existências merecem respeito. Todo ser humano tem o direito de viver e amar. Todo dia é dia de pedir igualdade e ser resistência”, escreveu o Flamengo.
O Dia de Combate à Homofobia é celebrado no dia 17 de maio desde 2010. A data remete ao dia em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da classificação internacional de doenças, em 1990.