Copiar Sampaoli é fazer o bem para o futebol
Copiar Sampaoli é fazer o bem para o futebol
Copiar Sampaoli é fazer o bem para o futebol
Alô senhores treinadores de futebol: assistam quantas vezes forem necessárias essa maiúscula virada do Atlético Mineiro sobre o Corinthians por 3 a 2, na noite desta quarta-feira, no Estádio Mineirão.
Pois mesmo atuando melhor, criando reais chances de gols durante o primeiro tempo, o Atlético Mineiro perdia a partida por 2 a 0, pois o Corinthians soube aproveitar em 100% as chances criadas.
Assistam ao vídeo do jogo para que os senhores atestem como o Atlético Mineiro conseguiu virar o placar em 15 minutos do segundo tempo.
Os senhores verão como o comandante argentino Jorge Sampaoli condicionou o seu time a fazer exatamente diferente de que os senhores fazem.
Não me desmintam que quando os senhores atingem o resultado favorável durante as partidas passam recomendação aos seus subordinados para que administrem o placar. Que coloquem um volante a mais na equipe para reforçar a marcação, correto?
DIFERENÇA DE SAMPAOLI
Pois Sampaoli é diferente dos senhores de conceitos e comportamento à beira do gramado.
Aquele jeitão de andar de lá pra cá, de gritar incessantemente na área técnica ajuda a ‘incendiar’ a sua equipe.
E ali Sampaoli lembrou os seus jogadores a obrigação de fazerem exatamente ao contrário de que a treinadorzada faz por aí.
Ordenou-os para que continuassem atacando, visando à equipe ampliar ainda mais a vantagem.
Duvidam?
LANCES
Então vamos ao histórico dos lances após o atleticano Nathan ter marcado o terceiro gol de sua equipe, aos 15 minutos do segundo tempo.
Aos 21 minutos, lançado nas costas da zaga corintiana, o atacante Keno finalizou e a bola bateu no pé da trave esquerda.
Aos 27 minutos, quando continuava a pressão, o zagueiro Rever chutou de canhota e marcou o quarto gol, porém invalidado pela posição de impedimento de Hyoran, o boleiro que havia marcado os dois primeiros gols do Galo.
Sim, placar favorável e o Atlético com zagueiro se aproximando da área adversária, caso de Rever, sem que fosse jogada de bola parada.
Calma. Não acabou a pressão.
Aos 36 minutos o goleiro Cássio, do Corinthians, defendeu cabeçada do atacante Marrony. E dois minutos depois, em chute do lateral-direito Guga, a bola cobriu o travessão.
Durante esse período, os senhores sabem quantas vezes o Corinthians finalizou à meta contrária?
Nenhuma.
Isso ocorreu apenas no finalzinho do jogo.
Primeiro em saída errada do goleiro Rafael, quando o corintiano Jô finalizou, mas Rever, em cima da risca, salvou.
Na sequência, em cabeçada de Danilo Avelar, Rafael defendeu.
FORTE MARCAÇÃO
Foi possível a incrível pressão descrita do Galo mineiro porque Sampaoli condicionou o seu time à marcação alta quando o adversário começa a trabalhar a bola, visando a transição.
Aí, os obedientes subordinados de Sampaoli fazem forte marcação antes de o adversário atingir a linha divisória do campo.
Por vezes dois jogadores na marcação para tomada de bola.
E quando isso ocorre, incontinenti o desdobramento da jogada é feito com rapidez, de forma que o adversário esteja desarrumado para a marcação.
E mais: desde a saída de bola do Atlético, de seu campo de defesa, a proposta colocada em prática é futebol vertical, pra frente.
Recuo de bola só em caso de extrema necessidade.
Repertório de finalizações de média e longa distância está na pauta.
Aí, quando se rasga elogios a treinadores estrangeiros os senhores não gostam.
Então, que façam o comparativo da ousadia de Sampaoli e daquilo que os senhores fazem.
Na boa: copiar Sampaoli é fazer o bem para o futebol.