Copa Paulista: Meia celebra volta triunfal ao XV de Piracicaba: "Bom demais"
“Foi um lance de improviso, que terminou no gol do Formiga, que nos deu a vitória", disse André Cunha
“Foi um lance de improviso, que terminou no gol do Formiga, que nos deu a vitória", disse André Cunha
Piracicaba, SP, 18 (AFI) – Foram praticamente sete meses sem fazer o que mais gosta: jogar futebol. A volta, no entanto, não poderia ser mais especial para André Cunha, que rompeu o tendão de Aquiles do pé esquerdo no dia 24 de março deste ano, no estádio 1º de Maio, em São Bernardo do Campo, pela última rodada da primeira fase do Paulista A2. O atleta foi a campo aos 22 minutos do segundo tempo e iniciou a jogada do gol da vitória do XV de Piracicaba por 1 a 0 sobre o Ituano, em Piracicaba, pela Copa Paulista.
O tento anotado por Lucas Formiga no último minuto da partida, realizada no Estádio Municipal Barão da Serra Negra, deixou o Nhô Quim dependendo apenas de si para avançar às quartas-de-final da Copa Paulista. Os comandados de Cléber Gaúcho ocupam a terceira colocação do grupo 8, com sete pontos ganhos, contra oito do Novorizontino e nove do Taubaté, seu próximo adversário, em confronto marcado para o sábado, 20, às 15h00, no Joaquim de Morais Filho.
“Na última segunda-feira, voltando do treinamento no CT, o Cléber olhou para mim e falou: ‘vamos para o jogo?’. Eu respondi que sim, claro, quero estar junto e poder ajudar. Nesse momento, eu já fiquei feliz e após a confirmação, mais ainda. Na chegada ao estádio, para começar todo o ritual que envolve uma partida, foi muito bom. Quando comecei o trabalho de aquecimento, passou um monte de coisas na minha cabeça”, descreveu Cunha.
O jogador foi acionado em um embate tenso, que valia a sobrevivência para as equipes na competição.
“Foi um lance de improviso, que terminou no gol do Formiga, que nos deu a vitória. Foi bom demais retornar nessa situação e, principalmente, ter ajudado meus companheiros. A conquista é de todos. Nossa defesa foi muito importante em segurar as investidas do Ituano e isso foi fundamental para que conseguíssemos marcar no final”, falou sobre a jogada.
SAIBA MAIS
O atleta recorda a rotina de recuperação.
“Foi um período de tensão e expectativa sobre como seria a volta. Medo também de não conseguir mais jogar, devido à idade e a seriedade da contusão. Os trabalhos foram árduos e repetitivos. É necessário dar toda a credibilidade ao doutor Leonardo, da Unimed, que me operou, e ao Marcel (Guarda, fisioterapeuta), que cuidou de mim ao longo desse tempo e me motivava a cada dia para que eu voltasse”, agradeceu.
Cunha, no entanto, sabe que é só o começo e que ainda há muito o que evoluir.
“Foi só o primeiro jogo. Treinei apenas dez dias com bola e tenho que melhorar bastante ainda. Espero poder ficar no banco mais vezes e estar pronto para, quando o Cléber precisar, ajudar de alguma forma”, disse, antes de comentar sobre o próximo desafio. “Temos totais condições de obter a vaga. Não será fácil, mas a motivação e a vontade são grandes para que as coisas deem certo”.
IMPORTANTE
O treinador quinzista destaca a importância do meio-campista.
“É um atleta identificado com o clube, que tem o carisma do torcedor e sempre que entra em campo procura fazer o seu melhor. Ele é uma das referências para os outros jogadores, muito profissional e ajuda demais no vestiário. O Cunha é merecedor disso, porque passou por uma situação complicada, voltou em um momento difícil e conseguiu contribuir para nossa vitória, em um dia que vai ficar marcado”.