Copa 2018: Seleção acumula o segundo maior jejum de vitórias em jogo
Por isso, o jogo com a Costa Rica, nesta sexta, serve também para evitar que a marca negativa seja igualada
Por isso, o jogo com a Costa Rica, nesta sexta, serve também para evitar que a marca negativa seja igualada
Campinas, SP, 20 – O empate da seleção brasileira por 1 a 1 com a Suíça na estreia na Copa do Mundo, no último domingo, deixou a equipe em uma incômoda situação histórica. O futebol do País agora acumula três partidas seguidas no torneio sem vitória, série iniciada nos dois últimos compromissos em 2014 e ampliada agora, na Rússia. Somente entre 1974 e 1978 a seleção teve um jejum maior em jogos do torneio. Por isso, o jogo com a Costa Rica, nesta sexta, serve também para evitar que a marca negativa seja igualada.
Na ocasião do seu maior jejum, o Brasil terminou a Copa da Alemanha, em 1974, com derrotas por 2 a 0 para a Holanda e depois 1 a 0 para a Polônia, na disputa de terceiro lugar. O Mundial seguinte, na Argentina, o time dirigido pelo técnico Cláudio Coutinho iniciou a campanha com empate em 1 a 1 com a Suécia e depois um novo empate com a Espanha, mas sem gols. A primeira vitória viria só contra a Áustria, por 1 a 0.
A série atual da seleção tem a derrota por 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal em 2014, seguida pelo revés por 3 a 0 diante da Holanda, na disputa de terceiro lugar. Na sequência, já em 2018, o Brasil ficou no empate por 1 a 1 com a Suíça, em Rostov, e acumulou a terceira partida seguida sem ganhar compromissos em Copas.
“Temos que seguir mentalmente fortes, mas não foi o resultado que queríamos”, resumiu o meia Willian, remanescente da seleção de 2014. Contra a Costa Rica, na sexta-feira, em São Petersburgo, a equipe terá a chance de encerrar o jejum de vitórias em Mundiais e tem como alento o histórico de enfrentar um freguês em Mundiais.
Em 1990 e em 2002, a seleção enfrentou a Costa Rica na fase de grupos e ganhou os dois encontros, com 1 a 0 na Copa da Itália e goleada por 5 a 2 no Mundial da Coreia do Sul e do Japão. O adversário precisa ainda mais da vitória por ter perdido na estreia por 1 a 0 para a Sérvia, em Samara, no domingo.
JEJUM
O jejum brasileiro em vitórias em Copas também tem como ingrediente a dificuldade em jogar contra europeus. Desde a conquista da Copa de 2002, apenas um país do velho continente foi superado pelo Brasil em Mundiais. A Croácia foi derrotada em duas ocasiões: 1 a 0, em 2006, e 3 a 1, em 2014. No restante, a seleção acabou por não conseguir superar outros rivais mais tradicionais nos últimos anos.
De 2006 para cá, o Brasil não venceu França, Portugal e Alemanha, mais a Holanda em duas ocasiões. A pressão agora é para reverter isso na terceira rodada da fase de grupos, pois a seleção encara a Sérvia e precisará da vitória para se classificar. O jogo será no dia 27, em Moscou.
TABU – O empate com a Suíça manteve a equipe europeia como uma das poucas seleções que jamais perderam para o Brasil em Copas do Mundo. O encontro anterior havia ficado no empate em 2 a 2 no Pacaembu, na Copa de 1950. Fora a Suíça, também nunca perderam para a seleção em Mundiais a Hungria, Portugal e a Noruega.