Consistência tática da Ponte Preta foi determinante para vencer o Novorizontino
Na mais consistente performance da Ponte Preta no aspecto tático, nesta Série B do Brasileiro, o reflexo foi a justa vitória sobre o Novorizontino por 1 a 0
Nada de mudança de água para o vinho. Mas, algumas definições de postura foram preponderantes para que o resultado fosse alcançado.
Campinas, SP, 2 (AFI) – Na mais consistente performance da Ponte Preta no aspecto tático, nesta Série B do Brasileiro, o reflexo foi a justa vitória sobre o Novorizontino por 1 a 0, na noite deste domingo, em Campinas. Evidente que não houve transformação técnica na equipe da água para o vinho, mas algumas definições de postura foram preponderantes para que o resultado fosse alcançado.
Ciente de sua inferioridade técnica comparada ao adversário, a Ponte Preta colocou a admissível postura de se defender contra um Novorizontino que ditaria o ritmo do jogo, através de maior posse de bola.
Todavia, acuada em seu campo defensivo, com o meia Matheus Jesus revivendo os tempos de volante para ajudar na pegada com Ramon e Felipe Amaral, o bloco na cabeça da área foi consistente, de forma que o time de Novo Horizonte não encontrasse brechas para penetração, exceto em raríssimas ocasiões.
TALES
E para não ficar à deriva no setor ofensivo, ocorreu um inesperado ‘achado’ no elenco pontepretano: o veloz atacante de beirada Tales, pelo lado direito, responsável pela transição rápida ao ataque, o bastante para que ainda no primeiro tempo o time criasse três chances reais de gols, uma delas convertida, porém invalidada pela posição de impedimento do centroavante Eliel, no início da jogada.
Por sinal, na continuidade viu-se uma bola bem trabalhada com o lateral Weverton, chegando ao fundo, cruzando rasteiro, para que Eliel se antecipasse ao goleiro Jordi e marcasse aos 38 minutos. Como o lance gerou dúvidas, foi feita checagem através do VAR, e consequentemente invalidado. Afora isso, ainda no primeiro tempo, em jogadas pela direita, Eliel foi travado pelo goleiro Jordi em finalização e Tales o obrigou a praticar defesa difícil.
Enquanto isso, restou de ofensividade ao Novorizontino, antes do intervalo, apenas bola de cabeça colocada no interior da área pelo lateral-esquerdo Roberto, com complementação pelo alto do zagueiro César Martins, que obrigou o goleiro pontepretano Caíque França, no reflexo, a ceder escanteio.
PAULO BAYA
Se no início do segundo tempo a Ponte Preta deu sinais de mais posse de bola, tudo voltou como dantes com a saída do atacante Tales, devido à cãibra, ocasião em que o time perdeu a referência para jogadas de velocidade no ataque.
Entretanto, a repetição do Novorizontino em trocar mais passes e chegar com constância ao ataque não significava que colocasse a defensiva pontepretana em risco, exceto em cruzamento perfeito do meia Marlon, com bola na cabeça do atacante Rodolfo, que desperdiçou gol feito.
Se a Ponte Preta já se contentava com o empate, saiu no lucro quando o improvisado Maílton, na lateral-esquerda, fez lançamento visando o atacante Paulo Baia – substituto de Tales – arrancar pela direita, driblar o zagueiro Roberto Palm e chutar de forma indefensável para o goleiro Jordi, aos 36 minutos do segundo tempo. Ponte 1 a 0. A princípio o lance foi invalidado pelo árbitro, mas providencialmente o VAR corrigiu a decisão, ao mostrar que a posição do atleta pontepretano era legal.
FORMA DE JOGAR
Se em partidas anteriores constatava-se o time pontepretano como amontoado de jogadores em campo, sem orientação definida, agora viu-se um conceito de se resguardar ao máximo possível sem a bola, e de posse dela buscar jogadas de velocidade, preferencialmente através de Tales, até porque Dudu, do lado esquerdo, continua como figura decorativa na equipe.
Ao Novorizontino ficou a certeza de um rendimento aquém de apresentações anteriores nesta Série B do Brasileiro, mas é inegável a organização da equipe em campo para trabalhar a bola, com objetivo de que possa chegar qualificada ao ataque.
Só que desta vez com rendimento ínfimo dos homens de frente da equipe, absorvidos pelos pontepretanos.