Conselho reprova de novo contas de 2019 e complica situação de presidente do Santos
A gestão atual vai até o fim de 2020, e a perda do mandato precisaria cumprir um ritual que é longo
A gestão atual vai até o fim de 2020, e a perda do mandato precisaria cumprir um ritual que é longo
Santos, SP, 04 – A gestão de José Carlos Peres sofreu nova derrota política. Nesta segunda-feira, os membros do Conselho Deliberativo do Santos voltaram a rejeitara as contas do clube em 2019, o segundo dos três anos de mandato do dirigente, em reunião realizada de modo virtual em função da pandemia do coronavírus.
O balanço financeiro do Santos já havia sido rejeitada pelos conselheiros em encontro realizado em junho. Diante da reprovação inicial, Peres teve o direito de apresentar a sua defesa. Porém, ela foi rejeitada, com o Conselho Deliberativo seguindo a recomendação do Conselho Fiscal.
O caso das contas do segundo ano do mandato agora segue para a Comissão de Inquérito e Sindicância do Santos, que vai avaliar se houve gestão temerária de Peres.
Caso seja essa a avaliação, pode sugerir diferentes punições, que vão de advertência até exclusão do quadro associativo, passando pela possibilidade de impeachment, que precisaria ser aprovada pelos conselheiros e sócios.
A gestão atual de Peres vai até o fim de 2020, e a perda do mandato precisaria cumprir um ritual que é longo. Em 2018, o dirigente enfrentou um processo de impeachment, que foi rejeitado em setembro daquele ano pelos sócios.
As contas de Peres de 2018 já haviam sido rejeitadas, com déficit de R$ 77 milhões. No ano passado, o Santos teve resultado positivo de R$ 23,5 milhões no seu balanço, provocado especialmente pela venda de Rodrygo ao Real Madrid.
Nem por isso, no entanto, o Conselho Fiscal aprovou o relatório financeiro, apontando irregularidades nas contas do clube, como o uso do cartão corporativo para fins pessoais e o pagamento de intermediação da venda de Bruno Henrique