Conselheiros do Santos rejeitam abertura de processo de impeachment de Peres

Por 79 votos contra, seis a favor e 75 abstenções na votação, não foi dado prosseguimento ao parecer

Por 79 votos contra, seis a favor e 75 abstenções na votação, não foi dado prosseguimento ao parecer

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Santos, SP, 17 – Em uma reunião por videoconferência com a maioria dos quase 200 membros do Conselho Deliberativo do Santos, encerrada no final da noite desta terça-feira, foi rejeitada a abertura de um processo de impeachment contra o presidente José Carlos Peres. Por 79 votos contra, seis a favor e 75 abstenções na votação, não foi dado prosseguimento ao parecer elaborado pela Comissão de Inquérito e Sindicância (CIS) sobre as contas do clube em 2018 – déficit de R$ 77 milhões -, que pedia a saída do mandatário e punição aos demais membros do Comitê de Gestão.

A reunião de avaliação do parecer do CIS estava inicialmente agendada para 16 de março, mas acabou sendo adiada em função da pandemia do coronavírus. Era preciso 2/3 dos votos para o processo de impeachment de José Carlos Peres ter continuidade.

Conselheiros do Santos rejeitam abertura de processo de impeachment de Peres

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Para reprovar as contas, a CIS apontou que o presidente não seguiu o orçamento, não solicitou remanejamento de verbas e nem complementação orçamentária, não recolheu R$ 4 milhões em impostos retidos e devidos, além de ter apresentado déficit acima de 20% da receita orçada do exercício anterior, o que está em desacordo com o ProFut.

José Carlos Peres não participou da reunião virtual – três membros do Comitê de Gestão estiveram na chamada, que durou mais de quatro horas. Hostilizados pelos conselheiros durante o encontro, José Geraldo Barbosa, presidente do CIS, e o relator Rubens Passos renunciaram aos seus cargos.

Nos próximos dias, o Conselho Deliberativo do Santos se reunirá virtualmente outra vez, mas para discutir o parecer do Conselho Fiscal sobre as contas de 2019 – o órgão recomenda a reprovação das contas do ano passado por diversos motivos, como gastos não justificados com cartões corporativos, pagamento de comissões para agentes de jogadores e a transferência do atacante Bruno Henrique para o Flamengo.

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