Comissão de Tite na Rússia tem quatro fiéis escudeiros e mais de 40 profissionais

Sylvinho conhece o atual técnico da seleção desde o tempo em que trabalharam juntos no Corinthians

A comissão técnica da seleção brasileira tem mais de quatro dezenas de profissionais na Rússia, entre auxiliares, analistas de desempenho, médicos, fisioterapeutas e seguranças

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São Paulo, SP, 13 – A comissão técnica da seleção brasileira tem mais de quatro dezenas de profissionais na Rússia, entre auxiliares, analistas de desempenho, médicos, fisioterapeutas e seguranças. Três deles formam a tropa de choque do técnico Tite. São seus auxiliares diretos: Cléber Xavier, Sylvinho e Matheus Bachi. O coordenador de seleções da CBF, Edu Gaspar, também faz parte dessa elite, mas o trio tem importância extra por participar diretamente do trabalho em campo.

Eles participam ativamente de todos os treinamentos, dando orientações, trabalhando posicionamento, explicando ao atleta como querem determinada jogada, elogiando, incentivando, às vezes dando bronca. Também conversam bastante com Tite sobre alternativas táticas, como explorar as características de determinados jogadores e qual a melhor estratégia diante dos adversários – minuciosamente estudados a partir de informações dos analistas de desempenho -, entre outros aspectos.

As reuniões entre eles são longe dos horários de treinamento. “São quatro ou cinco reuniões diárias. Mas tenho aprendido muito com ele. É um delicioso estresse”, disse Sylvinho, que pretende ser treinador principal de alguma equipe e levará para seu “trabalho solo” muito do que aprendeu com Tite. “Tenho no Adenor Bachi uma referência muito alta de treinador.”

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Sylvinho conhece o atual técnico da seleção desde o tempo em que trabalharam juntos no Corinthians. E um dos aspectos que mais admira em Tite é conseguir ser altamente exigente sem deixar de lado a sensibilidade ao tratar com o jogador.

Gaúcho como Tite, Cléber Xavier é parceiro do treinador desde 2001, quando foi chamado para auxiliá-lo no Grêmio. A solidez defensiva da seleção brasileira, que levou apenas cinco gols em 21 jogos na “era Tite”, é atribuída ao auxiliar. “Ele é o retranqueiro, gosta da escola gaúcha de volantes”, disse o treinador na semana passada, ao ser questionado sobre o bom rendimento defensivo da equipe. A brincadeira foi uma maneira de ele reconhecer a eficiência de Xavier.

O auxiliar garante que não dá mais importância a um setor do time em detrimento de outro. “O que pensamos é que um time tem de ter equilíbrio. É assim que vemos o futebol.”

Dos três integrantes da tropa de elite de Tite, o mais novo é Matheus Bachi. Aos 29 anos, auxilia o pai desde os tempos de Corinthians. Discreto, sabe que muitos atribuem seu cargo ao fato de ser filho do chefe. Tite sabe disso. “Muitos falam que o menino está aqui só porque é meu filho. Mas ele é competente. E rala muito”, defende.