Comemore apenas os três pontos, viu bugrino!
Há quem diga que, no futebol, aquilo que mais importa é a vitória, independentemente da forma que foi construída. Pra quem assim pensa, o Guarani fez a lição de casa ao vencer o Londrina.
Quem se dispõe comentar partidas com isenção há de convir que o rendimento do time bugrino foi bem aquém do esperado na Série B
Campinas, SP, 8 (AFI) – Há quem diga que, no futebol, aquilo que mais importa é a vitória, independentemente da forma que foi construída. Pra quem assim pensa, o Guarani fez a lição de casa ao vencer o Londrina por 2 a 1, na manhã/tarde deste sábado, no estádio Brinco de Ouro, em Campinas, na antepenúltima rodada do primeiro turno do Campeonato Brasileiro da Série B.
Quem se dispõe comentar partidas com isenção há de convir que o rendimento do time bugrino foi bem aquém do esperado, considerando-se o propósito de quem almeja ‘brigar’ na ponta de cima da competição.
Em esperada avaliação fria de incumbência da mídia londrinense, naturalmente que os ‘petardos’ serão direcionados ao imprudente lateral-esquerdo Gustavo Salomão que, no interior de sua área, levantou a chuteira para atingir cabeça e rosto do meia-atacante Régis, provocando pênalti aos 41 minutos do segundo tempo, que selou a vitória do Guarani por 2 a 1, após tranquila cobrança do centroavante Bruno Mendes, que tocou rasteiro, no canto esquerdo, enquanto o goleiro Neneca havia arriscado o lado direito.
TREINADOR
Quando se critica treinador de futebol, tem-se que avaliar desproporções feitas por atletas colocados em campo.
Venham que o lateral-esquerdo Nicolas, do Londrina, perdia o duelo direto com o atacante bugrino Bruno José, e prudentemente foi sacado no intervalo pelo treinador Eduardo Souza, que colocou no lugar dele Gustavo Salomão, com característica basicamente de marcação, e o propósito de se evitar investidas do Guarani pelo setor, que na prática dava resultado.
Todavia, longe de um comandante imaginar tamanha irresponsabilidade de seu atleta, como no pênalti irresponsável cometido por Gustavo Salomão?
SEM RETRANCA
‘Catedráticos’ de avaliações pré-jogo apostavam num Londrina retrancado e projetavam supostas dificuldades de o Guarani conseguir penetração, em decorrência de forte bloqueio. Pois aquele ‘chutômetro’ caiu por terra pela estratégia do Londrina de ter vindo a Campinas para também atacar e jogar de igual por igual.
Ora, teoricamente seria a grande chance de o Guarani se impor, colocar em prática a sua apregoada superioridade, para construir vantagem no placar, com naturalidade.
DEREK
Teoricamente, pois na prática o confuso Guarani só mostrou a sua cara aos 23 minutos do primeiro tempo, com nascedouro da jogada pelo lado direito direito.
Na ocasião, o estreante lateral-direito e garoto Yan lançou Bruno José na corrida, foi feito o cruzamento que encontrou o centroavante Derek no segundo pau, e sem que fosse incomodado tocou na bola de cabeça, no canto direito.
Detalhe: bola plenamente interceptável pelo goleiro Neneca, que falhou, assim como houve hesitação do quarto-zagueiro Gabriel.
CLINTON
Se durante aquele primeiro tempo o Londrina se dispôs a também atacar, faltava-lhe criatividade quando levava a bola ao chamado último terço do campo. Logo, não ameaçava a meta do goleiro Pegorari.
Todavia, repetidas falhas do setor defensivo do Guarani na competição, com ênfase na bola aérea, se fez presente mais uma vez, agora aos 42 minutos, quando o volante João Paulo, do Londrina, cobrou escanteio, houve um desvio na trajetória, e a bola se ofereceu para o atacante Clinton, que a empurrou para as redes: 1 a 1.
JOÃO VICTOR E RÉGIS
Se o treinador bugrino Umberto Louzer teve percepção que o meia Isaque estava apagado no jogo e que deveria ser ‘sacado’, Régis, o substituto, mais uma vez entrou mal, e ficou a lembrança apenas no lance do pênalti. Houve ganho com a entrada de João Victor no lugar de Bruninho, quer do ponto de vista técnico, quer tático.
Taticamente, João Victor tanto ocupou o corredor como soube se projetar por dentro. Tecnicamente, colocou velocidade nas jogadas, e arrancadas preocupou a defensiva adversária, o que de certo vai colocar interrogação no comandante, na busca entre os titulares.
DUAS VEZES
Foi um segundo tempo em que, de prático, o Guarani se resumiu apenas a duas finalizações de Derek, com defesa do goleiro Neneca e, em outro lance, bola para perto da trave. Muito pouco para um time que abusou do direito de errar passes, se equivalendo basicamente ao limitado Londrina, neste quesito.
Pior é que o Guarani ainda correu risco de sofrer o segundo gol quando Iago Dias teve clara chance, mas o chute fraco proporcionou a defesa do goleiro Pegorari, logo aos dois minutos do segundo tempo.