Com escritório no Rio de Janeiro, time da MLS busca promessas

''O jogador brasileiro tem características especiais. São extremamente talentosos, imprevisíveis e uma qualidade técnica que não se acha em quase nenhuma parte do mundo.'' - disse Sérgio Neveleff

Sérgio Neveleff, responsável pela observação internacional no New England, confia no projeto do clube

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Sérgio Neveleff na partida entre Ceará e Fortaleza (Foto: Repridução)

Campinas, SP, 10 (AFI) – Inspirado no Shakhtar Donetsk, o New England Revolution, clube da elite do futebol estadunidense, montou um escritório no Rio de Janeiro, e pretende buscar jovens promissores em todo o país para montar um elenco B da equipe com grande percentual de brasileiros.

maciel no new england
Maciel no New England (Foto: Reprodução/ New England)

A MLS, liga americana, tem regras rígidas que não permitem altos investimentos quanto à compra de jogadores, tornando a formação de atletas jovens mais atrativa.

CONFIANÇA EM BRASILEIROS

”O jogador brasileiro tem características especiais. São extremamente talentosos, imprevisíveis e uma qualidade técnica que não se acha em quase nenhuma parte do mundo. Conseguir desenvolver esses atletas em nossa estrutura e metodologia de trabalho é algo que nos traz resultados incríveis. Acredito que estamos nos antecipando ao nosso mercado e esperamos ter resultados esportivos e financeiros em um curto espaço de tempo” – contou Sergio Neveleff.

FORMAÇÃO DE ATLETAS

Argentino com cargo de observação internacional na equipe dos Estados Unidos, Sérgio Neveleff foi recentemente assistir a partida entre Ceará e Fortaleza no Castelão.

”O trabalho na verdade acontece em todo o país. Montamos um projeto, estruturamos uma equipe de trabalho e estamos atacando targets específicos. Nosso trabalho de identificação do talento começa no sub-15, ainda que só possamos de fato contratar jogadores maiores de idade. É fundamental conhecer a trajetória do atleta e saber o timing correto para cada movimento. Temos uma equipe para identificar, abordar, analisar o mercado, negociar” – explicou Neveleff.

A ideia do New England é formar jogadores jovens que estejam se destacando na base de clubes brasileiros, ou, até mesmo, jogadores que passaram da idade de suas respectivas categorias e seriam dispensados pelos clubes.

”Queremos ser uma referência externa no país em termos de captação e desenvolvimento de atletas jovens, além de aproveitar oportunidades de mercado com eficiência. Jogadores talentosos com perfis físicos que se adequem à MLS e perfis mentais que possam ser trabalhos para se adaptarem à nossa rotina. Buscamos sobretudo jovens com potencial para terminarem seu processo de desenvolvimento conosco e entregarem resultados no curto e médio prazo” – disse Neveleff.

CASO DE SUCESSO NO RIO DE JANEIRO

Maciel, de 22 anos, foi formado pelo Botafogo-RJ é um protótipo do projeto do New England, chegando em 2020 para o time B, e, se destacando, foi promovido ao elenco principal.

”Nós o vimos numa competição sub-17 no Brasil, ele fez parte de todo o nosso processo. Foi identificado, monitorado, analisado e contratado no timing que julgamos correto. Foi para o time B, para terminar seu desenvolvimento. Em poucos meses, já estava totalmente adaptado e chegou ao time principal, onde hoje é peça importante” – explicou Neveleff.

”O Dylan foi uma oportunidade de mercado que identificamos. Um atleta que já conhecíamos da Colômbia e das competições internacionais. Jogador de muito potencial, jovem, provável selecionável para a seleção principal. Nós o acompanhamos muito, estudamos muito seu perfil mental, técnico, e optamos por fazer esse movimento” – completou o dirigente.

MELHORA NA MLS

Atualmente sendo 11º colocado, o New England nunca foi campeão da MLS, e espera, com o projeto, tornar seu elenco mais competitivo.

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