Chegou a hora de mudar o comando do futebol brasileiro

A briga judicial vai se arrastar para decidir quem fica no comando da bola

Oito vice eleitos tiveram suas eleições anuladas pela Justiça

Categorias: Colunas

Por: SÉRGIO CARVALHO, 28/07/2021

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De repente, a Justiça do Rio de Janeiro resolveu intervir na CBF – Confederação Brasileira de Futebol. O Juiz Marco Cunha Olinto Filho, numa tacada só, anulou a reunião que mudou os estatutos da entidade em 2017, nomeou dois interventores (Rodolfo Landim e Reinaldo Carneiro Bastos) e determinou que em 30 dias sejam marcadas novas eleições para presidente e vice da CBF.

Os oito vices presidentes que foram eleitos para ajudar a dirigir a entidade de 2019 até 2023 tiveram suas eleições anuladas, mas ficarão no cargo até que sejam realizadas as novas eleições. Carlos Caboclo, que era o presidente mas foi afastado pelo Comitê de Ética, também continua fora e terá seu caso avaliado posteriormente.

Lógico que, como sempre ocorre nesses momentos, há possibilidade de que os atingidos pela decisão do Juiz, recorram à Segunda Instância que poderá até mudar essa decisão. Mas para o bem do futebol brasileiro, ideal é que uma nova reunião para mudar os estatutos seja marcada nos próximos trinta dias e uma nova eleição para presidente e vice seja confirmada.

DESDE HAVELANGE
A verdade é que desde os tempos de João Havelange a CBF só serviu para que seus dirigentes fizessem negociatas e ganhassem muito dinheiro em cima do futebol. Nenhum deles trabalhou para criar campeonatos bem organizados e rentáveis ou quiseram ajudar os clubes que por excesso de dívidas (como é o caso do Cruzeiro hoje) pudessem se recuperar.

Fica evidente, portanto, que neste momento, já que a Justiça brasileira resolveu se manifestar, é chegada a hora de uma total reviravolta no comando do nosso futebol. Seria muito bom se o novo presidente eleito fosse uma figura preparada para assumir o cargo e que, a seu lado, estivessem alguns vices que pudessem ajudá-lo na reformulação geral do futebol brasileiro.

Além disso, o novo estatuto de que falei, deveria ser bastante debatido antes de ser aprovado mudando tudo o que está errado naquele que acaba de ser anulado.

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