Chapecó, SC, 01 (AFI) – A sexta-feira agitada nos bastidores da Chapecoense. Após denúncia de corrupção na parte da manhã, o presidente Plínio David De Nês, em entrevista coletiva no período da tarde, negou a acusação feita pelo empresário Rodolfo Forte Neto, que tem uma autorização para negociar internacionalmente pelo clube.

A denúncia de Forte consiste em duas frentes. Uma é referente a negociação de contrato de patrocínio com a Qatar Airways – patrocinadora do Barcelona -, no valor de 36 milhões de dólares, por três anos. Para isso, receberia 2% de comissão, mas o acordo não avançou. A outra é o não recebimento de comissão por ter acertado amistosos para a Chapecoense após a tragédia na Colômbia. O empresário diz que o repasse pertencente a ele, foi feito a um amigo de De Nês.

“O que nós assinamos é que ele nos representaria nas ações do Catar, mas como não teve resultado, não tiveram nada, ele também receberia sim para trazer jogos, mas como não trouxe não tem direito a nada. Ele alega que tinha conversado com os italianos mas não tinha nada no contrato com a Roma” disse o presidente, que irá processar Forte.

Além de rechaçar qualquer tipo de participação de Forte, a Chapecoense rebateu apresentando valores que o empresário teria recebido como adiantamento para conseguir os acordos para amistosos. O diretor financeiro Roberto Merlo disse que o time catarinense adiantou R$ 83 mil e o repasse para o jogo contra o Roma foi de R$ 550 mil.

“Se ele tivesse direito a 10% (R$ 55 mil) do amistoso ainda ficaria nos devendo (R$ 28 mil). Se tem alguém devendo é ele”, falou.

O empresário disse ter esperado para fazer a denúncia somente após a Chapecoense ter confirmado a permanência na elite do futebol brasileiro para não atrapalhar o emocional do time. O time catarinense ainda pode garantir uma vaga na Copa Libertadores de 2018 em caso de vitória contra Coritiba, domingo, pela última rodada do Brasileiro.