Chances desperdiçadas tiram dois pontos do Guarani contra o Brasil de Pelotas

Esperava-se que o Guarani mostrasse eficiência pelos dois lados do campo, para explorar supostos atalhos na marcação

Chances desperdiçadas tiram dois pontos do Guarani contra o Brasil de Pelotas

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David Oliveira/Guarani F.C.

Quem assistiu as partidas do Brasil de Pelotas, que precederam a vinda a Campinas na manhã/tarde deste sábado, observou que é um time que marca forte, que monta linha de cinco jogadores à frente do quarteto defensivo, e que encurta os espaços dos adversários.

Quando recupera a posse de bola procura usar velocidade pelos lados do campo em contra-ataques, apesar da discutível qualidade de quem se habilita a atacar.

Diante da repetição deste cenário no Estádio Brinco de Ouro, esperava-se que o Guarani mostrasse eficiência pelos dois lados do campo, para explorar supostos atalhos na forte marcação imposta pelo Brasil.

LADO DIREITO

Na prática, apenas o lado direito bugrino teve praticidade com arrancadas do lateral-direito Cristovam, movimentação do meia Murilo Rangel e dribles do atacante Bruno Sávio.

Problema é que o lado esquerdo foi inoperante neste empate sem gols.

Giovanny, posicionado ali, teve atuação apagadíssima, provavelmente a pior desde que chegou ao Guarani, e o treinador Ricardo Catalá demorou para substitui-lo e sem vantagem, por Waguininho.

Lateral-esquerdo Bidu ficou preocupado com incursões do atacante Jarro, e só se soltou após lesão do adversário. Mesmo assim discretíssimo, recuando a maioria das jogadas.

CHANCES

Mesmo com incursões apenas pelo lado direito, o Guarani criou chances para vencer.

Murilo Rangel, em duas finalizações de média distância, exigiu reflexo do goleiro Rafael Martins para defesas.

Centroavante Alemão, que ocupou lugar do lesionado Júnior Todinho, aos 37 minutos do primeiro tempo, por duas vezes desperdiçou chances.

A primeira quando, desequilibrado, já na pequena área, chutou a bola pra fora; depois ao completar tabela com chute fraco e facilitando a defesa de Rafael.

Além disso, em chute fraco do volante Eduardo Person e desviado em jogador do Brasil, a bola bateu na trave.

Exceto essa descrição, houve insistência do Guarani em alçar bola à área adversária, quase todas interceptadas.

SUBSTITUIÇÕES

Sem explicações objetivas ficaram as três substituições simultâneas feitas pelo treinador bugrino Ricardo Catalá no segundo tempo.

Sacar Bruno Sávio, embora cansado, para entrada de Rafael Costa, dificilmente provocaria ganho. Na prática houve perda pela ineficiência de Rafael.

Se o volante Deivid tem por característica defender e o Guarani precisava de objetividade no setor, trocá-lo por Marcelo não resultou em melhora. Piorou, porque ele entrou mal no jogo, com erros de passes.

Naquela altura, se Eduardo Person não acrescentava ofensivamente, o substituto Pablo, incumbido de usar o lado direito do ataque, quase nem pegou na bola.

MERECEU VENCER

Apesar de atropelos nas substituições, do atacante Alemão estar fora de ritmo, da ineficiência da equipe no uso pelo lado esquerdo, o time bugrino poderia ter vencido se aproveitasse as chances, até porque o Brasil de Pelotas só ameaçou aos 30 minutos do primeiro tempo, em vacilo da marcação bugrina pelo lado direito defensivo.

Foi quando Wellington Simião cruzou e o atacante Poveda, em condições de completar a jogada, ‘conseguiu’ colocar a bola na linha lateral do lado oposto.

Apesar da perda de dois pontos em seus domínios, o Guarani tem mostrado postura em campo, e isso pode ser refletido em seu próximo jogo, quando enfrentar o oscilante Confiança, em Sergipe.