CBF divulga áudio do VAR de lance polêmico de Flamengo x Santos: 'Tropeça no pé'
O lance foi ignorado pelo árbitro André Luzi de Freitas e acabou originando o gol de Pedro pelo rubro-negro
A CBF divulgou o áudio do lance de pênalti não marcado do Flamengo sobre o Santos no Maracanã
A CBF divulgou na manhã desta quarta-feira o áudio do VAR da vitória do Flamengo por 3 a 2 sobre o Santos, no Maracanã, na noite de terça-feira, pelo Brasileirão, em que o entendimento da arbitragem de vídeo sobre um possível pênalti em Camacho no início da jogada do primeiro gol rubro-negro “não teve “impacto nenhum”.
O gol do centroavante Pedro, no fim do primeiro tempo, começou com pênalti de Matheuzinho em Camacho ignorado pelo árbitro André Luiz de Freitas Castro no início da jogada. O Flamengo atravessou o campo e Marinho cruzou para o camisa 9 do time carioca marcar de letra.
A CBF já havia anunciado que o árbitro André Luiz de Freitas Castro e o responsável pelo VAR, Adriano Milczvski, estão suspensos por tempo indeterminado e passarão por reciclagem devido ao erro no lance.
Confira trecho da conversa entre o VAR da partida, Adriano Milczvski, e o assistente do VAR (AVAR), Luciano Roggenbaum:
VAR: “A perna já está parada. O pé para do lado e ele tropeça no pé. Ele não chega a atingir, certo?”
AVAR: “Esse contato é sem impacto algum, Adriano?”
VAR: “Sem impacto nenhum”.
AVAR: “Perfeito”.
PRESSÃO SANTISTA NA ARBITRAGEM
O Santos usou suas redes sociais durante o jogo para protestar, em tom bastante irônico e de inconformismo e ainda encaminhou uma carta à CBF assinada pelo presidente Andres Rueda cobrando explicações.
“Será que mudaram a regra e não avisaram ninguém? Tem foto. Tem vídeo, tem tudo. Só não teve o mínimo: a marcação de um pênalti claro para o Santos contra o time mandante. Nem pelo juiz, nem pelo VAR”, detonou o Santos em seu Twitter.
CBF VOLTA A ENFRENTAR CRÍTICAS
O futebol brasileiro passa, mais uma vez, por grandes críticas à arbitragem. Assim como em outros anos, 2022 vem sendo marcado por erros graves de árbitros e assistentes em várias partidas.
Entre junho e julho, o tom das cobranças de jogadores, técnicos e dirigentes subiu e sete árbitros foram afastados pela CBF, que tenta contornar mais uma crise envolvendo o setor.
A arbitragem do futebol brasileiro teve que lidar com correções de rota neste ano. Em abril, a Comissão de Arbitragem passou a ter um novo presidente. Wilson Seneme assumiu a vaga, após deixar a mesma função na Conmebol, onde esteve por seis anos.
Seneme chegou à CBF para preencher oficialmente a lacuna deixada após a saída de Leonardo Gaciba, demitido do cargo em novembro do ano passado, após uma série de episódios polêmicos envolvendo árbitros na reta final do Brasileirão. Ainda em abril, foram oficializados os desligamentos de dez funcionários, que tinham cargos de comando na arbitragem brasileira.
Em agosto, árbitros de todo o Brasil passaram por uma intertemporada no Rio na próxima semana. O dirigente também informou à época que foram criados 840 perfis em plataforma de vídeo e estatísticas para que os árbitros assistam aos lances dos jogos em que atuam, para análises de lances e orientações de instrutores.
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