Carioca: Em nota oficial, Vasco pede que árbitro nunca mais seja escalado em jogos do clube

A solicitação foi enviada pelo Vasco após uma série de lances polêmicos contra a equipe diante do Bangu

O cruzmaltino enviou um ofício à FERJ solicitando que o árbitro Tarcizo Pinheiro Caetano nunca mais apite jogos do clube

Vasco pede que arbrito nao apite mais seus jogos
Foto: Reprodução

Rio de Janeiro, RJ, 29 (AFI) – A polêmica arbitragem do empate em 2 a 2 de Vasco e Bangu, válido pela quarta rodada do Campeonato Carioca, deu o que falar, não apenas dentro de campo. Logo após a partida, através de nota oficial, o cruzmaltino enviou um ofício à FERJ solicitando que o árbitro Tarcizo Pinheiro Caetano nunca mais apite jogos do clube.

A solicitação foi enviada pelo Vasco após uma série de lances polêmicos contra a equipe diante do Bangu. Com o empate, o Vasco perdeu a liderança do estadual.

POLÊMICAS

Sem a presença do VAR, que só será utilizado no Carioca a partir das semifinais, diversos lances causaram indignação no torcedor vascaíno. O primeiro deles foi aos quatro minutos de jogo, quando Jair acerta a bola em disputa com Walney e o juiz decide mostrar o vermelho direto para o volante.

Aos 44, ainda do primeiro tempo, Gabriel Canela deu um pisão e carrinho em Erick Marcus, em lance mais forte do que o de Jair e a arbitragem mostra apenas o amarelo. Aos 52 do segundo, Walney deu uma solada em Zé Gabriel e recebe apenas o amarelo. Por fim, aos 55, após dar mais dois minutos de acréscimos depois do gol do Vasco, no último minuto, o juiz assinalou pênalti de Medel em Gabryel Freitas.

RESPOSTA

Após receber a reclamação, a FERJ também divulgou uma nota oficial, afirmando que irá primeiro analisar a atuação da arbitragem antes de tomar qualquer decisão.

“Por determinação do Presidente da Federação, nenhuma decisão deverá ser tomada antes do resultado de uma análise com fundamentos técnicos sobre a atuação da arbitragem na partida entre Bangu x Vasco da Gama. Tal determinação não significa, sob nenhuma hipótese, deixar de considerar ou reconhecer erros que possam ter ocorridos, mas tão somente os cuidados necessários a conclusões justas. Em assim sendo, fica o Departamento de Árbitros (DEAF-RJ) incumbido de receber dois representantes do Vasco, nesta segunda-feira, no horário das 15h às 18h, para que ouçam suas ponderações e na sua presença analisem a atuação e decisões do árbitro e assistentes em todos os lances que assim se justifique. Ao final que seja elaborado um documento conclusivo encaminhado à Presidência”.

OFÍCIO

Confira na íntegra o ofício enviado pelo Vasco à Federação:

“Prezado Sr. Presidente,

É com indignação e tristeza que o Vasco da Gama SAF escreve à V.S.ª sobre os absurdos e inaceitáveis erros de arbitragem praticados pelo Sr. Tarcizo Pinheiro Caetano, árbitro central, na partida disputada na tarde deste domingo, 28 de janeiro, entre Bangu e Vasco da Gama SAF, em Brasília.

A expulsão do atleta Jair Rodrigues, do Vasco da Gama SAF, com aproximadamente 5 minutos da primeira etapa, além de absurda por se tratar de um lance casual de jogo, em que disputou a bola de forma justa e dentro das regras do jogo, passível no máximo de cartão amarelo, foi só o primeiro de uma sucessão de erros que prejudicaram imensamente nosso clube.

Os atletas Paulinho, Erick Marcus, Vegetti e Zé Gabriel foram agredidos em lances subsequentes, com entradas duras que sequer chegaram perto de disputar a bola, e inexplicavelmente o árbitro central não teve, nem de longe, o mesmo rigor.

Por outro lado, aplicou injusto cartão amarelo ao zagueiro João Victor, após equivocadamente (mais uma vez) marcar uma falta inexistente do atleta do Vasco da Gama SAF, pelo que provavelmente alegará em súmula “reclamação acintosa” – quando, se muito, houve um desabafo quanto à incompetência da arbitragem.

Pelo que se observou, as decisões do árbitro de campo eram desprovidas de qualquer técnica, tão simples quanto: ações do Vasco, falta; ações do Bangu, segue o jogo.

Por todo o exposto, serve-se o Vasco da Gama SAF para requerer à FERJ:

  • a) Esclarecimentos ainda hoje sobre as decisões da arbitragem; e
  • b) Que árbitro da partida, Sr. Tarcizo Pinheiro Caetano, nunca mais componha a equipe de arbitragem em jogos do Vasco da Gama SAF, em qualquer função e/ou competição.

Pelo que se observou, as decisões do árbitro de campo eram desprovidas de qualquer técnica, tão simples quanto: ações do Vasco, falta; ações do Bangu, segue o jogo.

Certos de sua atenção, renovamos desde já os nossos votos de elevada estima e distinta consideração, e subscrevemos”.

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