Campinas, SP, 28 (AFI) – Toda terça-feira, o Futebol Interior publica no Jornal Agora sua opinião. Acompanhe a publicação desta semana.

Em apenas 24 horas, o futebol de Campinas atingiu o fundo do poço. O Guarani, sábado, foi rebaixado para a Série C e, no domingo, foi a vez da Ponte Preta cair para a Série B do Campeonato Brasileiro. Estas quedas são fruto da incompetência na administração dos dois clubes que sempre foram pioneiros no futebol do interior paulista.

A Ponte Preta pagou caro pelo continuísmo do presidente Sérgio Carnielli, que assumiu o clube em 1997, o recolocou na vitrine, mas depois perdeu o interesse nele. Nem assim, o cartola deixou o clube para outro. A vaidade e a prepotência predominaram. A falha maior nesta temporada foi a briga com o diretor de futebol, Marco Antônio Eberlin, especialista no futebol e que nos últimos dois anos já tinha operado milagres com o time.

O Guarani vinha de uma administração desastrosa de José Luiz Lourencetti, que conseguiu dilapidar o patrimônio e colocar em risco o futuro do clube em seis anos de mandato. Em junho, porém, o antigo presidente Leonel Martins de Oliveira se precipitou ao assumir o clube sem ter um projeto emergencial para evitar o pior, dentro e fora de campo.

Resta, agora, começar de novo. Não há, porém, risco de Campinas sofrer tanto como aconteceu com Ribeirão Preto com a dupla Comercial e Botafogo. Os times campineiros são mais antigos, mais fortes, têm camisa…Mas precisam de bons dirigentes. Urgente!

Quem também precisa arrumar bons comandantes é o São Caetano, outro paulista rebaixado para a Série B. Nairo Ferreira de Souza, definitivamente, colocou seus interesses pessoais à frente do Azulão e o resultado apareceu em campo. O milionário Azulão, da rica São Caetano do Sul, dos empresários bem de grana, também precisa de mudanças. E já, antes que seja tarde.

Ferroviária de volta
O final de semana foi feliz para a cidade de Araraquara, com o título da Ferroviária na Copa Federação Paulista de Futebol. É um forte sinal de que o time, em breve, voltará à elite nacional. Méritos para a diretoria, em especial a Otávio Figueiredo, diretor de marketing, e o técnico Edison Só, um pé quente do Interior.

Técnicos caseiros em baixa
Carlos Prata, do São Raimundo; Sinomar Neves, do Paysandu; Waguinho Dias, do Guarani e Karmino Colombini, do Vila Nova. Todos técnicos caseiros e que não conseguiram salvar seus times do rebaixamento na Série B.

Lusa aposta em Benazzi
Ao contrário destes, a Portuguesa apostou na tarimba de Vágner Benazzi (foto), que conseguiu quase o impossível. Em 12 jogos livrou a Lusa da Série C, com seis vitórias, três empates e três derrotas.

Marília muda comando
Luizinho Cai Cai se afastou do MAC por problemas particulares e Beto Mayo (foto) reassumiu a presidência. Ficou tudo em casa. Só falta, agora, o time voltar a brilhar como no início dos anos 2000, porque nas últimas temporadas foi o clube que mais investiu no interior e que menos obteve sucesso.