Esse comportamento demonstra descomprometimento e tamanha insensibilidade do atleta em relação aos torcedores, que cobram raça da equipe, e não enfeite.
BLOG DO ARI
Campinas, SP, 22 (AFI) – Já estava 4 a 0 para o Palmeiras, sábado passado em Barueri, pelas quartas do Paulistão, quando em uma das raras aparições da Ponte Preta ao ataque, eis que o lateral-direito Igor Inocêncio, do time campineiro, quis enfeitar jogada com toque de calcanhar e errou.
De certo septuagenários, como eu, atentos àquele lance, viajaram no tempo, e testemunharam o quão cobrados eram garotos de nossa época, nas equipes que jogávamos, se atrevessem a lances de calcanhar em derrotas acachapantes.
Esse comportamento demonstra descomprometimento e tamanha insensibilidade do atleta em relação aos torcedores, que cobram raça da equipe, e não enfeite.
QUATRO NO LOMBO
Seja Inocêncio ou qualquer outro jogador, é preciso ter sensibilidade para entender a dor do torcedor ao ver o seu clube tomar quatro no lombo, e a única resposta que cabe ao atleta, nessa circunstância, é ‘guerrear’ – no bom sentido – em campo.
Sábado passado, de certo até o saudoso ‘doutor’ Sócrates, especialista em calcanhar, se constrangeria ao uso deste expediente, pois projetaria a hipótese de erro que deixaria o seu torcedor mais enervado.
São atitudes como essa – por vezes impensadas do atleta – que provocam cada vez mais desconfiança do torcedor sobre o descomprometimento dele em relação à coletividade que ora representa.