Bugre vence e diretoria se afunda. E a ponte, hein?

O Guarani venceu e convenceu, mas a diretoria recbeu uma notícia nada boa. Enquanto isso, a Macaca perdeu mais uma, mas o técnico não é questionado.

Ufa! Até que enfim Guarani!

Ufa! O Guarani venceu. Mais que isso, goleou! Não importa a fragilidade do adversário. Afinal, mesmo diante de equipes fracas, o bugre não encontrava o caminho da vitória. O placar de 4 a 1 sobre o Palmeiras B deu um novo ânimo ao elenco. Ainda que o time não tenha sido fantástico, pelo menos demonstrou muita vontade, disposição e vibração. Esses ingredientes são primordiais, principalmente quando a qualidade técnica é questionada. Agora, o Guarani está perto do grupo dos oito. Continuo com o meu “palpite” de que chegando entre os oito classificados, após a primeira fase, o time sobe! A Federação Paulista deve alterar a fórmula de acesso para o próximo campeonato e quem não subir este ano terá mais dificuldades no ano que vem. Enquanto o time começa a dar mostras de que ainda está vivo na competição, o clube recebe mais uma bomba. O atleta Liberman, que passou pelo Guarani na era Lorencetti, ganhou ação trabalhista na justiça, e a sentença lhe garante algo em torno de 4 milhões e 400 mil reais. Um valor muito alto para quem praticamente jogou uma partida vestindo a camisa do bugre. Isso acentua, mais ainda, a forma relapsa de administração, que norteou a gestão Lourencetti. Com essas e outras, o clube vai se afundando cada vez mais. Não vai pagar, é claro, mas o risco de penhoras e o confisco de cotas vão deixando a situação insustentável. O futebol do Guarani, para sobreviver, tem que caminhar paralelamente ao clube. Será preciso desvinculá-lo para continuar participando dos campeonatos e voltar a ter credibilidade no meio. Hoje, os atletas não querem jogar no Guarani, porque a fama de mal pagador já se espalhou! ,

A Ponte, de técnico novo, evidencia a falta de jogadores talentosos. Quando Wanderley Paiva comandava parecia cômodo atribuir ao treinador o fracasso do time. Agora é diferente. Nelsinho Baptista tem outro “status” e, antes de criticá-lo pelas derrotas, os jogadores passam pela análise criteriosa dos torcedores, diretores e imprensa. Não é segredo para ninguém que o elenco da Ponte foi montado timidamente. Alguns jogadores que hoje compõem o elenco da macaca estão muito a quem da tradição do clube. O técnico sabe que não terá vida fácil. Um homem para o meio campo é primordial. Como eu e Beto Quinália, comentaristas da rádio Central de Campinas, prevíamos, a Ponte, com o técnico Wanderley, não agüentaria uma campanha um pouco abaixo do regular. Ele deixou a macaca muito mais pelo fato de ter sido rebaixado com o time no ano passado do que pelos resultados desta competição.

Um abraço e boa sorte!