Brusque relativiza ato racista e cita "oportunismo" de meia do Londrina

Brusque relativiza ato racista e cita "oportunismo" de meia do Londrina

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Brusque se manifestou sobre o ocorrido (Foto: Lucas Gabriel Cardoso/Brusque FC)

Brusque, SC, 29 (AFI) – O Brusque demorou para se posicionar sobre o ocorrido no jogo do último sábado, contra o Londrina, quando o meia Celsinho acusou uma pessoa do staff quadricolor (o conselheiro Júlio Petermann) de o insultar com palavras racistas. Mas melhor seria se o clube ficasse em silêncio.

Apesar de dizer que “jamais permitiríamos qualquer atitude de conotação racista em nosso clube, que condena veementemente qualquer pensamento ou prática nesse sentido”, o Brusque, em nota oficial, relativizou o ocorrido no Augusto Bauer.

“O atleta, por sua vez, é conhecido por se envolver neste tipo de episódio. Esta é pelo menos a 3a vez, somente este ano, que alega ter sido alvo de racismo, caracterizando verdadeira “perseguição” ao mesmo. Importante esclarecer que, ao árbitro, o atleta não relatou ter sido chamado de “macaco”, mas sim que teriam dito “vai cortar esse cabelo de cachopa de abelha”, o que constou da súmula e revela a total contradição nos seus relatos”.

NÃO PAROU POR AÍ
A nota oficial tem outro ponto ainda mais absurdo. Não satisfeita em minimizar o fato, a diretoria prometeu tomar todas as medidas cabíveis contra Celsinho, o acusando de “oportunismo”.

“O Brusque F.C. reitera que nenhum de seus diretores praticou qualquer ato de racismo e tomará todas as medidas cabíveis para a responsabilização do atleta pela falsa imputação de um crime. Racismo é algo grave e não pode ser tratado como um artificio esportivo, nem, tampouco, com oportunismo”, finalizou a diretoria quadricolor.

CONFIRA A NOTA NA ÍNTEGRA

O atleta Celso Honorato Júnior, reserva do Londrina E.C., relatou à imprensa que teria sido chamado de “macaco” por membros da Diretoria do Brusque F.C., durante o jogo realizado ontem (28/08).

O Brusque F.C., sua torcida, diretoria, comissão técnica e patrocinadores sempre foram, ao longo da sua história, absolutamente respeitosos com relação a todos os princípios que regem as relações desportivas e humanas. Jamais permitiríamos qualquer atitude de conotação racista em nosso Clube, que condena veementemente qualquer pensamento ou prática nesse sentido.

O atleta, por sua vez, é conhecido por se envolver neste tipo de episódio. Esta é pelo menos a 3a vez, somente este ano, que alega ter sido alvo de racismo, caracterizando verdadeira “perseguição” ao mesmo. Importante esclarecer que, ao árbitro, o atleta não relatou ter sido chamado de “macaco”, mas sim que teriam dito “vai cortar esse cabelo de cachopa de abelha”, o que constou da súmula e revela a total contradição nos seus relatos.

O Brusque F.C. reitera que nenhum de seus diretores praticou qualquer ato de racismo e tomará todas as medidas cabíveis para a responsabilização do atleta pela falsa imputação de um crime. Racismo é algo grave e não pode ser tratado como um artificio esportivo, nem, tampouco, com oportunismo.

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