Brigatti cria novo tipo de narração esportiva à beira do gramado

Brigatti cria novo tipo de narração esportiva à beira do gramado

Brigatti cria novo tipo de narração esportiva à beira do gramado

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João Brigatti

João Brigatti

Já que a narração esportiva de rádio mantém o tradicionalismo, Campinas ganhou um outro jeito de se narrar futebol, e com personagem que fica à beira do gramado.

Que goela tem o treinador pontepretano João Brigatti pra gritar o jogo inteiro!

O diferencial dele pra aqueles que ficavam nas cabines, antes da pandemia, é que além de citar quem de seu time que está de posse de bola, recomenda quem deve receber o passe.

Quando o adversário retoma a posse de bola e começa a se organizar ofensivamente, Brigatti esquece que é treinador e volta aos tempos de goleiro quando gritava incessantemente com atletas incumbidos da marcação, sobre o risco iminente à sua equipe.

FALATÓRIO

Da mesma forma que rasga elogios nos acertos, esbraveja nos erros, por vezes até expondo o jogador, visto que sem o ‘coral da galera’, em época de portões fechados ao público, a televisão capta, sem censura, o falatório dos treinadores.

Pior é que esses comandantes lembram frequentemente o jogo de baralho, sem que estejam na concentração, no chamado passa-tempo.

Basta a coisa em campo não sair conforme o recomendável para que o baralho entre em pauta, e a telespectadora que preserva o conservadorismo tem que se fazer de surda.

Evidente que o comandante mudo, sentado comportadamente no banco de reservas, transforma-se na imagem e semelhança de seus comandados em campo.

Claro que o embalo do treinador à beira do gramado faz o time pulsar, mas convenhamos que tudo tem limite.

BUZINAR NO OUVIDO

Quantos e quantos boleiros, em conversas informais entre eles, com a bola rolando, reclamam do comandante ‘buzinar no ouvido’.

Por vezes o falatório demasiado perturba.

No caso de Brigatti, é estilo dele, um motivador por excelência, que cobra competitividade dos jogadores.

Assim, alinha-se à exigência da torcida de jogadores guerreiros.

Se não deixa de ter validade o estilo treinador-narrador de Brigatti, o que se espera, na sequência, é que seja pelo menos um pouco mais moderado.

Afinal, quase tudo em demasia deve ser evitado