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Brasileiro Feminino A3: Jogadora relata gritos racistas em partida contra o Sport

Em súmula, a árbitra registrou os insultos que Natasha do nascimento ouviu da torcida do Sport: ‘’Me chamaram de macaca''.

Natasha do Nascimento, atacante do Doce Mel, da Bahia, revelou que ouviu gritos racistas vindos de torcedores do Sport enquanto disputava a partida pelas oitavas de final do Brasileiro Feminino A3, na Ilha do Retiro.

Jogadora do Doce Mel relata racismo em partida do Brasileiro Feminino A3
Foto: Divulgação/Doce Mel Esporte Clube

Campinas, SP, 04 (AFI) – Mais uma vez um jogo de futebol foi palco de discriminação. Natasha do Nascimento, atacante do Doce Mel, da Bahia, revelou que ouviu gritos racistas vindos de torcedores do Sport enquanto disputava a partida pelas oitavas de final do Brasileiro Feminino A3, na Ilha do Retiro. Ela relatou o caso para a árbitra Deborah Cecília, que registrou o ocorrido na súmula.

Ainda na beira do campo, Natasha descreveu os insultos. 

“Queria relatar também que caí e tive preconceito da torcida. Me chamaram de macaca, fizeram uh uh uh”, disse a atacante ao final da partida.

Depois do jogo, a árbitra Deborah Cecília registrou a denúncia da atacante do Doce Mel . 

”Após o término da partida, fui informada pela sra. Natasha do Nascimento, nº 11 da equipe Doce Mel, que a mesma ouviu da arquibancada destinada a torcida do Sport, o som de um macaco em sua direção. Vale ressaltar que nem eu, árbitra central, nem outro integrante da equipe de arbitragem ouviu tal fato” anotou Deborah, na súmula.

DISPUTA DO BRASILEIRO FEMININO A3

A partida terminou com a vitória do Sport por 1 a 0. O confronto de volta acontece no próximo sábado (09), às 15h, no estádio Waldomirão, na disputa pela vaga na próxima fase do Brasileiro Feminino A3.

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O Sport venceu a partida de ida por 1 a 0, válida pelas oitavas de final do Brasileiro Feminino A3 (Foto: Divulgação/Doce Mel EC)

HISTÓRIA REPETIDA

A história tem se repetido durante os últimos acontecimentos do futebol. Vale lembrar os ocorridos da Copa Libertadores, quando torcedores do Boca Juniors e do Cerro Porteño foram responsáveis por condutas racistas na arquibancada dos jogos. 

Segundo o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), a punição para atos discriminatórios prevê pagamento de multa de R$100 a R$100 mil, além de proibir o torcedor responsável de adentrar o estádio por, pelo menos, 720 dias.

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