Por SÉRGIO CARVALHO

Campinas, SP, 20 (AFI) – A Seleção Brasileira volta a jogar pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo, nesta quinta-feira, dia 20, em Brasília-DF, estádio Mané Garrincha, contra a Seleção da Colômbia (que está na frente do Brasil na classificação geral da competição). É jogo duro, considerado bem difícil. Lá na Colômbia, no primeiro turno, o Brasil perdeu por 2 a 1.

Nesta quinta, vai tentar dar o troco, mas seu futebol até agora sob o comando de Dorival Júnior, não tem sido eficiente como o torcedor esperava. Nossa seleção, na verdade, tem jogado mal. Alterna bons momentos, consegue fazer seus gols mas também os leva e seu esquema tático não agrada ninguém. Dorival insiste em privilegiar a defesa e não dá o apoio necessário aos homens de ataque.

É PRECISO MAIS GOLS
Como consequência, o time brasileiro arremata pouco e tem feito um trabalho ofensivo bem discreto nos jogos que disputou. A esperança é que hoje, jogando em casa e com o apoio de sua fanática torcida, a Seleção se imponha, faça mais de um gol e termine a partida com os três pontos na sua bagagem.

Se fosse apostar, o faria no time brasileiro. Acho que o Brasil vence a Colômbia, mas seu futebol, outra vez, não deve agradar nem a crítica esportiva, nem o torcedor que for ao estádio ou resolver assistir a partida pela televisão. 

COLÔMBIA TEM BOM TIME

O que não podemos negar é que a Colômbia tem um bom time. Caiu um pouco de rendimento nos últimos meses, mas merece respeito. Por isso, o Brasil precisa se impor, como disse acima. Precisa pressionar continuamente e não deixar o time colombiano respirar. Se analisarmos os jogadores que Dorival tem para o ataque, chegaremos à conclusão de que, material humano é o que não falta.

O que falta mesmo é ele achar um esquema que explore melhor as características de seus atacantes. Precisa soltar mais os laterais, encostar os meio campistas nos atacantes, abrir o jogo pelas pontas e, às vezes, surpreender com incursões em velocidade pelo meio da grande área inimiga.

DORIVAL TEM SIDO MEDROSO
Em tese, não seria pedir muito ao atual técnico brasileiro. O problema é que ele tem sido medroso. Costuma privilegiar o sistema defensivo, e, por isso, decepciona o torcedor brasileiro. O torcedor vai lá para apoiar, mas quer que o time se solte, que procure o gol, que crie situações para vencer o goleiro inimigo.

Espero que, pelo menos desta vez, Dorival Júnior seja mais ousado. Se não for e perder pontos diante da Colômbia, começará a ter seu cargo ameaçado. E, como depois, vai precisar vencer a Argentina, lá em Buenos Aires (o que considero muito difícil), ele poderá terminar a décima quarta rodada das Eliminatórias, em péssima posição na tabela de classificação.

Se isso ocorrer, certamente será demitido. Aliás, há quem diga, que o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, já está propenso a isso e até tem um nome para substituí-lo.

OS NOMES DAS FERAS
Pelo que vi e ouvi, tudo indica, Dorival não deverá mudar muitos nomes na escalação do time brasileiro. A mais provável escalação será essa. Alisson, no gol. Wanderson, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Guilherme Arana na linha de zaga. André, Gerson e Bruno Guimarães, no meio campo.. Rodrygo, Raphinha e Vinícius Júnior, no ataque.

Além de Brasil x Colômbia, mais dois jogos serão disputados nesta quinta. Às 20 horas, o Paraguai vai receber o Chile, em Assunção. Às 22 horas, o Peru encara a Bolívia, em Lima. Na sexta-feira, dia 21, jogam às 18 horas, Equador x Venezuela. Às 20h30, O Uruguai disputa um superclássico contra a Argentina. Favoritos destes jogos: Paraguai, Brasil, Equador e Argentina.

Nos outros jogos há equilíbrio técnico. Qualquer seleção pode vencer. No momento, a classificação das Eliminatórias Sul-Americanas está assim.

CONFIRA A CLASSIFICAÇÃO COMPLETA !

As seis seleções melhor classificadas no final deste torneio, estarão automaticamente classificadas para a Copa do Mundo do ano que vem (que será disputada nos Estados Unidos, Canadá e México). O sétimo colocado ainda terá chance de ir à Copa se ganhar o jogo de repescagem contra um adversário que caberá à FIFA determinar.

Seleção com maior número de vitórias – Argentina, 8.
Melhor ataque – Argentina com 21 gols marcados em doze jogos.
Defesa menos vazada – Equador, que sofreu apenas 4 gols em doze jogos disputados.

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